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Trajeto irregular12/01/2015 | 13h06Atualizada em 12/01/2015 | 17h14

Ônibus que caiu em ribanceira não tinha autorização para trafegar pela BR-282

Conforme definição da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), linha Posadas-Florianópolis deveria circular pela BR-470

Ônibus que caiu em ribanceira não tinha autorização para trafegar pela BR-282 Guto Kuerten/Agencia RBSQueda de ônibus em ribanceira provocou a morte de nove pessoasFoto: Guto Kuerten / Agencia RBS

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Débora Ely

debora.ely

O ônibus que despencou de uma ribanceira e matou nove pessoas em Alfredo Wagner, município da serra catarinense, não poderia circular pela BR-282 — rodovia onde aconteceu o acidente. Conforme previsto na autorização da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) concedida à empresa Reunidas para operação da linha de Posadas, na Argentina, com destino a Florianópolis, o trajeto deveria seguir pela BR-470. Após Lages, o veículo deveria se deslocar para os municípios de Rio do Sul, Ascurra, Blumenau, Itajaí, Balneário Camboriú e, por fim, chegar a Florianópolis via BR-101.

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A definição da rota é chamada de esquema operacional. Conforme o coordenador substituto nacional de Fiscalização do Transporte Rodoviário de Passageiros da ANTT, Felipe da Silva Medeiros, a agência irá abrir um processo administrativo para verificar o porquê de o coletivo transitar pela rodovia não autorizada — e as punições pelo descumprimento vão desde multa até cassação da autorização do serviço.

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— Isso não quer dizer que a rodovia seja mais ou menos segura do que as outras — esclarece o coordenador.

Após a concessão de autorização pela ANTT, a empresa pode solicitar a alteração da rota e mudanças de pontos de parada. Porém, os coletivos só podem circular em outro trajeto mediante consentimento da agência. Segundo Medeiros, a Reunidas não havia pedido modificação na rota.

Após o acidente ocorrido na madrugada de domingo, uma equipe da ANTT se deslocou até Alfredo Wagner para verificar em quais condições aconteceu o acidente e coletar informações junto à Polícia Civil.

Conforme o advogado da Reunidas, Vinícius Marins, a empresa não irá se manifestar sobre questões técnicas neste momento.

— Ainda há nove passageiros internados e estamos com todo o nosso foco no atendimento às vítimas. Somente depois poderemos comentar outras questões — afirmou.

Sete vítimas morreram no local:

Marcos Rudimar Lopes Machado, 53 anos (motorista, de Passo Fundo)
Arlindo Biermann Rosa, 65 anos (Soledade)
Rubiane de Castro Carvalho, 29 anos (Passo Fundo)
Ilaine Kurz, 42 anos (Passo Fundo)
Natália Anhaia da Silva, 15 anos (Soledade)
Pedro Paulo Schawb (Soledade)
Marione Kochenborger, 46 anos (Carazinho)

Duas passageiras morreram no Hospital de São José:

Marilaine Teixeira Schroeder, 31 anos (Passo Fundo)
Rosane Schneider (Carazinho)

Os feridos foram levados aos hospitais Nossa Senhora das Graças, em Bom Retiro, Hospital de Alfredo Wagner, Hospital Regional de São Jose e Hospital Nossa Senhora dos Prazeres, em Lages.

Entenda o acidente:

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