Foto fornecida por Ingo Westphal e retratam Picadas décadas atras.
História Sociedade Turismo

Picadas – km 100

Um pouco da história de Picadas ou KM 100 com dados fornecidos por Wirto Schaeffer natural de Picadas e redigido por Edelberto Schaeffer Filho (fedo).

O nome da localidade de Picadas em Alfredo Wagner/SC tem origem no estreito carreiro por onde os viajantes passavam. Através dessa picada começaram a subir famílias e mercadorias vindas do litoral, incluindo os descendentes de imigrantes alemães que se estabeleceram em São Pedro de Alcântara e outras cidades.

As primeiras famílias a se fixarem na comunidade foram os Horst, Schuller, Mohr e Hen. Algum tempo depois Alex Claumann que se casou com Laura Schaeffer estabeleceu-se no Rio Lessa, e ali abriu uma ferraria. Rodolfo Schaeffer para aperfeiçoar o oficio de ferreiro com Alex, pois seu pai, Pedro Schaeffer, já tinha uma grande ferraria em Palhoça. Pedro Schaeffer era casado com Emma Schutz.

Vieram para Picadas os Zimers, com oficio de celeiros, algum tempo depois chegou Alfredo Iahn com o ramo de funilaria. Rodolfo Schaffer, tendo aprendido o ofício, abre a primeira ferraria em Picadas e ali constituiu família com Amalia Franz Luchtemberg. Veio também Carlos Schaeffer e abriu outra ferraria em Picadas. Ele casou-se com Lili Sluan neta do primeiro pastor de Santa Isabel, Aguas Mornas.

Augusto Schaeffer também veio de Palhoça e abriu uma alfaiataria, sua primeira esposa era da família Fertug, viuvou casou-se Hilda Harn.

Veio de Santa Isabel, Águas Mornas, Emilio Schaeffer sua esposa era da família Weingartner. Na mesma época também sobe a serra Roberto Schaeffer e se instala em Picadas. Depois vieram família Marian e Werlich.

Augusto Schaeffer construiu a primeira Igreja Luterana na localidade e também o famoso clube O6 de janeiro. Um professor vinha de vez em quando de Santa Isabel até que por convite do pastor que atendia a comunidade veio a residir ali um professor em língua alemã. Mais outro professor, veio depois para picadas, ele era regente do coral evangélico e dava aula de músicas. Rodolfo Witenrich, casou-se com uma Foster no Rio Lessa e lá montou uma fábrica de baterias. A família Schovepper fabricavam rebolos.

Os Fosters fabricavam dínamos. Por essa época Osvaldo Iung abriu a terceira ferraria de Picadas.

Os Iahn fabricavam armas de fogo como espingardas, etc. deste Iahn vem os radiadores Iahn que existe hoje ainda em São Jose na grande Florianópolis.

Rodolfo Schaffer tinha também um engenho de serra. Eles negociavam com os lageanos que traziam para Florianopolis as tropas de gado e outros mantimentos e na volta, compravam ferramentas e demais produtos no comercio de Picadas que também era conhecida como Km 100. Localidade muito desenvolvida tinha um comercio forte, celaria, cortume, engenho de farinha, açougue, etc Muitos Lageanos chamava meu avô Rodolfo de “Seu Km 100” pois achavam que este era seu nome, mas não, essa era a distância de Florianópolis. Lembramos também que em Picadas tinha uma espécie de maternidade atendida pela parteira Matilda Horst, casada com Karl Horst.

O pastor Sluan conseguiu um dentista para a comunidade, mas depois veio outro de Salto Grande, hoje, Ituporanga sr Bendt e depois se estabeleceu ali mais um dentista Sr Vademar Sell.

Atraídos pelo forte comercio vieram os Klauberg, Schutz, Kempner, Werlich, Popeng. Depois da guerra os professores alemães foram impedidos de lecionar. A solução foi trazer novos professores. A primeira foi Rute Beling e a segunda Maria Cecilia Westphal.

Com o passar do tempo sai de Picadas um jovem político, Wirto Schaeffer que foi primeiro delegado de polícia, vereador e o primeiro vice-Prefeito de Alfredo Wagner.