Em quem votar? Eis a grande questão!

Sábado, 4/10/2014
Para você que vai votar…

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* No Levy Fidelix: Você deve estar de gozação. Você deve ser daquele tipo que votaria no Enéas. Não *tiririque* seu voto. Esta eleição é importante.

* No Pastor Everaldo: Deixa eu adivinhar, você deve ser evangélico. Nada contra a sua religião, mas tente não misturar política com religião. O Brasil não é uma teocracia (ainda).

* No Eduardo Jorge: Eu sei, ele é engraçado. E eu sei, ele te responde nas redes sociais. Ele *também* me responde. Mas posso te falar uma coisa? Isso não basta. Ou você colocaria alguém para dirigir uma espaçonave, fazer uma neurocirurgia ou administrar uma grande instituição só porque a pessoa é simpática, engraçada e/ou meio folclórica? É da Presidência do Brasil que estamos falando, não é da presidência da atlética ou do centro acadêmico.

* Na Luciana Genro: Deixa eu adivinhar de novo: você está na faculdade ou acabou de sair dela, certo? (Ou, então, nunca queria ter saído…) Uma faculdade de humanas, certo? Com aqueles professores que acham que "o problema" é a classe média. Professores… de classe média? Bom, digamos que o mundo é um pouco mais complexo do que a famosa "luta de classes" de Marx & Engels. Não quero desanimar você, mas todas as utopias de esquerda do século XX não deram certo. Cuba também não deu certo, só está durando mais tempo. E as utopias de esquerda do século XXI… Pegue a Argentina, por exemplo: caloteira internacional. Pegue a Venezuela: falta até papel higiênico. Não, a Luciana Genro não tem uma solução melhor do que essas. Várias mentes infinitamente mais brilhantes já tentaram e não conseguiram.

* Na Dilma: Será que eu consigo argumentar com você? Eu sei, você não se interessa por economia. E eu sei, o tema é árido. Mas você se sente confortável com a inflação aumentando? Você não sente no bolso? (Mesmo?) Neste momento, são mais de 50 milhões de famílias endividadas no Brasil. E o bolsa-família não vai dar jeito nisso. E não, não estamos mais em "pleno emprego", a indústria está oficialmente demitindo. Há meses. O comércio está tendo o seu pior ano em mais de uma década. E a bolsa de valores voltou a rondar os mesmos patamares da crise de 2008. O dólar, também. Mas a Dilma acha que o Guido Mantega foi um bom Ministro da Fazenda… Tanto que só "demitiu" ele agora, porque o Lula pressionou, a poucos meses de acabar o governo… E ela fala mal do Armínio Fraga. O Armínio Fraga foi cogitado para ser presidente do Federal Reserve, o Banco Central norte-americano. Você sabia? Poucas distinções são mais importantes para um economista no mundo. Talvez só o prêmio Nobel seja mais importante. Mas a Dilma prefere o Mantega… Pense bem no que isso significa. E aplique esse exemplo para outras áreas administradas pela Dilma e pelo seu partido.

* Na Marina: Eu confesso: contra a Dilma, eu também já pensei em votar na Marina. Voto útil, eu sei como é isso. Mas se eu puder te fazer um pedido: não jogue fora suas convicções agora que falta tão pouco. Tudo bem, você vota na Marina agora e acha que garante o segundo turno contra a Dilma. Mas e o governo da Marina? Quem são as pessoas? OK, tem o Walter Feldman, mas quem são os outros? O Giannetti não quer. Nem a Neca quer. Fora que entre o Giannetti-que-não-quer e o Armínio que já foi confirmado como Ministro da Fazenda do Aécio, quem você prefere? Eu sei, a Marina já flertou com o Armínio também. Mas a Marina flerta com todo mundo! FHC, Lula… Seria como, nos Estados Unidos, alguém dizer que vai ser republicano e democrata ao mesmo tempo. Ou, como ela mesma tenta, ser socialista e neoliberal ao mesmo tempo. Esquerda e direita são conceitos desgastados, eu concordo, mas não tem como fazer um governo "com todo mundo". Ou "só com os melhores". Salvadores da pátria, no Bras il, acabam em imobilismo, renúncia ou até mesmo impeachment. Não tem magia, não tem milagre: vote em quem tem a solução mais realista. A plataforma da Marina tem um monte de furos e elegê-la não vai resolver suas contradições, só vai aprofundá-las – e nós vamos sofrer as consequências, pode ter certeza.

* No Aécio: Até pouco tempo atrás, o Aécio não me animava também, eu confesso. No começo da eleição, estava tudo muito chocho. Todo mundo parecia conformado com a vitória da Dilma e pronto. Mas o avião do Eduardo Campos caiu e o Brasil tremeu. Por um momento, acreditei na predestinação da Marina. Ela soube aproveitar o suspense. Mas a partir da divulgação do programa de governo dela, a casa começou a cair. O Eduardo Campos talvez fosse a síntese que ela propõe. Mas ela, sozinha, é um poço de contradições. Enquanto isso, o Aécio foi crescendo. Eu também achava ele meio playboy, tempos atrás. Muito baladeiro para o meu gosto. Mas ele vem tentando se assentar, como diz o FHC, e me convenceu quando disse que já era "um vitorioso" ao batizar seus gêmeos. Ele começou os debates gaguejando, eu até falei, mas foi brilhante no último debate na Globo. Adquiriu aquele "ímpeto" que faltava à sua candidatura. "Faca na boca", como diz um livro que estou lendo. E ele tem a melhor equipe. Ac ho que isso ninguém contesta. (Nem o PT.) Confesso que estava descrente. O Aécio me fez acreditar de novo. O Brasil pode voltar aos seus melhores momentos desde 1994. Não é uma utopia. É o Brasil de até há pouco tempo… E a presidência do Aécio é a mais capacitada para corrigir a rota. Mude o seu voto para 45. Ainda dá tempo.

Postado por Julio Daio Borges
Em 4/10/2014 às 11h29

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