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SE LHE APRESENTAREM, NÃO ASSINE
Percival Puggina
O projeto de "Reforma Política" encabeçada pela CNBB, cuja coleta de assinaturas, felizmente, patina e não anda, não deve ser assinado pelos católicos. É um projeto todo errado, que conta com apoio de dezenas de entidades que gostariam que a Igreja Católica não existisse. O projeto defende os mecanismos de democracia direta (do mal afamado Dec. Nº 8243) que, não por acaso, transfere poder político para "movimentos sociais". Ora, movimentos sociais apenas representam a si mesmos e a seus interesses e não podem, isoladamente ou em conjunto, substituir à sociedade como um todo nem os poderes que a representam.
É um projeto que – não se poderia esperar nada diferente – coincide nesse ponto e em vários outros, com a conveniência do PT e reitera essa aliança entre a CNBB e o PT que tanto mal tem feito à unidade e à verdadeira missão da Igreja no Brasil. Quem duvidar, leia aqui, direto no site do PT, a satisfação causada pela posição conjunta da CNBB e da OAB sobre o assunto: http://www.pt.org.br/cnbb-e-oab-lancam-manifesto-em-apoio-…/.
A tentativa de encontrar apoio ao projeto insiste na obviedade: a reforma política (eu chamaria de reforma institucional) é uma necessidade que não precisa ser demonstrada. Está na cara. O que se discute é qual a melhor reforma, ou qual a melhor reforma possível. E certamente, a subscrita pela CNBB e por tantos adversários da fé e da moral cristãos está longe de corresponder a qualquer dos dois parâmetros.
O projeto precisa de 1,5 milhão de assinaturas. Estão tentando chegar a isso desde setembro do ano passado. Não dê força a essa iniciativa!
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