Conheça sites para comprar, vender e trocar livros usados
Além da gigante Estante Virtual, existem outras opções que reúnem sebos, como o Portal dos Livreiros e o Livronauta
Publicado em 07/06/2015, às 04h28 Do JC Online
O Portal dos Livreiros foi criado recentemente para ser mais uma opção de compras e vendas
Reprodução
Livros nem sempre são baratos e alguns deles são muito difíceis até de achar – já saíram do catálogo de editoras ou têm uma abrangência restrita. Quem precisa de um exemplar raro, de uma obra do passado ou apenas procura um romance, um livro de poemas ou uma obra de estudos mais barata sempre teve a opção de recorrer a sebos. Há alguns anos, essa facilidade foi transportada para o ambiente virtual, principalmente através de sites como a gigante Estante Virtual.
Os números do site, o maior do Brasil no setor, impressionam: já são 14 milhões de livros vendidos, e os sebos cadastrados estão presentes em 399 municípios do Brasil. Apesar dessa liderança, no ano passado, sebistas e livreiros organizaram um protesto contra a página, reclamando principalmente do aumento da taxa cobrada na venda de cada obra – que podia atingir 12%, contra os 6% praticados até então – e da comissão mínima de R$ 1. Cerca de 150 sebos tiraram os livros do site por um dia e alguns deles chegaram a se descadastrar de lá.
Isso gerou uma demanda por formas alternativas de vender obras usadas. O Livronauta já existia, assim como alternativas para troca de livros entre usuários (leia mais ao lado). Em maio, uma nova iniciativa entrou no ar: o Portal dos Livreiros, criado pelo ex-vendedor da Estante Virtual Julio Daio Borges.
“Eu admirava a Estante Virtual, conheço o site desde 2006, quando ele era todo operado pelo dono, André. Sempre foi muito bem feito, não deixava espaço para a concorrência. Foi quando teve esse aumento que a insatisfação cresceu muito, principalmente para os pequenos vendedores”, explica Julio.
Segundo ele, além do aumento da comissão da Estante Virtual, o site passou a exigir a entrega dos livros nos Correios em menos de um dia após o início das compras – o que vendedores ocasionais nem sempre podem garantir. “Vi uma oportunidade disso. Como meu ciclo de vendedor estava terminado, criei um projeto do zero, conversei com pessoas do mercado editorial, da área de marketing, de vendas na internet”, aponta o criador do Portal dos Livreiros.
Ainda no seu início – o site tem uma versão provisória e reúne 46 sebistas, dois deles com mais 100 mil títulos – ele promete manter a comissão em 5% do valor das vendas, gerando preços mais baratos que os concorrentes.
A ideia é também ter um cadastro facilitado para pequenos vendedores que queriam colocar seus acervos no site. Nesses primeiros dias, a comissão de vendas não está sendo cobrada, mas, para começar a vender, é preciso pagar uma taxa de inscrição, de cerca de R$ 100. Julio também dá um curso pago para quem quiser dicas de como vender livros.
Apesar das críticas, a Estante Virtual também anunciou uma novidade neste ano: vai entrar no setor de livros novos, adicionando 2 milhões de títulos ao seu acervo. Hoje, o site já tem média de 2,5 milhões de acessos por mês – a maior parte do público é de mulheres, que são responsáveis por 57,23% das visitas.
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