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A bicicleta que produz água…

Tomar água é parte essencial de fazer qualquer tipo de exercício. Por isso, um designer decidiu tirar do papel uma ideia da Fontus: uma garrafa que permite que você tome água… sem gastar água. A ideia de Kristof Retezár é aproveitar a umidade do ar para encher o recipiente enquanto o atleta pedala em uma bicicleta.

Com uma hora de pedalada, é possível criar aproximadamente meio litro de água dentro da garrafa, permitindo a hidratação sem que seja necessário recorrer a algum bebedouro. Isso, claro, se as condições climáticas forem adequadas.

O criador explica que a garrafa funciona com o ar úmido entrando no dispositivo. Lá ele encontra um condensador conectado a uma série de superfícies hidrofóbicas, que repelem a água. Estas superfícies esfriam utilizando energia captada com painéis solares, condensando a umidade do ar para o estado líquido. Pelo fato de repelirem a água, as gotas não ficam paradas, formando um fluxo de gotas para dentro da garrafa.

Para funcionar idealmente, o aparelho precisa de condições climáticas específicas: preferencialmente no calor, em um lugar bastante úmido, como seria o caso, por exemplo, da Amazônia. O designer diz que a garrafa funciona melhor na faixa de temperatura entre 30 e 40 graus Celsius, com umidade do ar entre 80% e 90%.

A água resultante é potável, a menos que o ar esteja muito poluído. O design do protótipo atual não é o ideal, explica Retezár, já que o filtro ainda não é capaz de remover pequenas impurezas. No futuro, ele espera conseguir usar um filtro mais robusto, de carbono, que permitiria que a Fontus fosse usada em lugares onde há tanto a falta de água quanto o problema de poluição do ar.

O criador espera colocar seu produto no mercado após uma campanha de financiamento coletivo para levantar os fundos para produzir em grande escala. Ele espera que o preço final fique abaixo dos US$ 100.

Contudo, é necessário ter cautela com uma proposta do tipo. O painel solar que o criador propõe para manter o sistema de condensação funcionando é pequeno e há dúvidas se ele realmente será capaz de fornecer a energia necessária para resfriar a água no ritmo que Retezár espera. É esperar para ver se a promessa realmente se cumpre, ou se o produto irá virar vaporware, com o perdão do trocadilho.

Via LiveScience


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