CAUSA DA DÉBÂCLE ECONÔMICA
A responsável efetiva pela gravíssima crise que atinge o Brasil é a mentalidade socialista-marxista que fracassou completamente no mundo comunista, mas que insistem em implantá-la em nosso País.
Mais de uma vez esta coluna do Instituto Plinio Corrêa de Oliveira apontou para o estranho fato dos órgãos de imprensa internacionais jogarem a culpa quase exclusivamente no vício da corrupção pela hecatombe econômica que se abateu sobre o Brasil, a Argentina, a Venezuela e a Bolívia. No Brasil, todas as críticas convergem para demonizar o PT, o Governo Dilma e seu ancestral ideológico, Lula, pelo fato de serem desonestos, popularescos e visarem apenas perpetuarem-se no poder.
Assim agindo, a imprensa tira de foco a principal causa de nossos males: o vírus da mentalidade socialista-marxista que impregna o subconsciente dos terceiro-mundistas, e, que, dessa maneira fica intocado, como se não fosse um vírus maligno, e como se não tivesse havido um fracasso universal do socialismo.
De modo esquemático, assim poderíamos enumerar algumas de suas máximas:
- Desde os tempos da fundação da Petrobrás ressoa em nosso pobre País o velho e desgastadíssimoslogan de que “o petróleo é nosso”, e, por ser nosso, sua exploração não pode ser confiada a particulares que visariam apenas obter lucros…
- A melhoria das condições de vida das classes mais desfavorecidas só é alcançável por meio de reformas de base socialistas e populistas, ou seja, por meio de injeções de dinheiro estatal em programas sociais.
- Como a luta de classes é um “dogma”, a única maneira dos pobres se defenderem dos bancos e dos capitalistas é eleger um partido dos trabalhadores para resguardar seus direitos.
- Estatizar, controlar e criar um emaranhado de leis e decretos visando impedir lucros extraordinários dos “donos do dinheiro”.
- Estimular um sentimento nacionalista, revanchista, contrário ao capital estrangeiro, em especial se for norte-americano.
Diria o conselheiro Acácio, tudo pode resumir-se numa singela redistribuição de bens: “a riqueza de um país assemelha-se à um bolo, cumpre dividi-lo em partes iguais independentemente de quem o fez.”
Esse modelo — se é que essa conjunção de ideias, geradas a partir de ressentimentos e de preguiça em esforçar-se e superar-se, pudesse ser qualificado de modelo — foi abandonado pelos partidos socialistas do mundo inteiro e poucos têm a pertinácia de advogar por estatizações e confiscos. Muito pelo contrário dessa mentalidade retrógrada do velho socialismo, hoje é um fato aceito pela maioria dos economistas e filósofos sociais, que a função do governo é criar uma estrutura jurídica que garanta aos particulares operarem de acordo com regras claras e estáveis. O fato de o Estado exercer atividades econômicas soa hoje tão esdrúxulo quanto deputados julgarem questões jurídicas ou juízes aprovarem leis. Atividades econômicas estatais fiscalizadas pelo próprio Estado assemelham-se à nomeação da raposa para guardar as galinhas.
Resultados inevitáveis: corrupção e ineficiência no mais alto grau. A solução não é salvar a múmia socialista simplesmente nomeando diretores honestos e capazes. São coisas incompatíveis. Pessoas honestas na função pública só surgem e continuam desse jeito mediante um refinado sistema de meritocracia que só as empresas particulares estão aptas a ter. O lucro é intransigente — os chefes de empresa precisam prestar contas aos acionistas — para demonstrar sua capacidade de liderança, honestidade e senso operativo.
O Brasil, a Argentina, a Venezuela, o Equador e a Bolívia, estão pagando um alto preço por suas políticas nacionalistas, popularescas, estatizantes, tendo em comum uma oposição ferrenha aos EUA (a esquerda ainda se ressente de sua vitória hoje tão distante na Guerra Fria).
Infelizmente, o homem é o único animal que tropeça uma e outra vez na mesma pedra, com seus pés, mãos e cabeça. Por isso, não é a toa que continuamos e continuaremos a insistir que a corrupção e o baixo nível dos seus governantes são decorrências necessárias da mentalidade socialista.
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