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EDUCAÇÃO FINANCEIRA PARA CRIANÇAS

Educar financeiramente uma criança é capacitá-la a fazer o melhor uso do dinheiro. Para isso é necessário muito treino. Nesse sentido a mesada pode atuar como um importante instrumento.

Daí a importância de se estipular uma mesada ou semanada, de forma que a criança possa ter o domínio da verba e a partir daí aprenda a fazer escolhas e a arcar com elas.

É provável que a criança quebre a cara algumas vezes, o que é perfeitamente normal, pois ela está em aprendizagem. Deve-se aproveitar esse momento para fazê-la pensar porque chegou a tal situação.

O importante desse exercício do uso do dinheiro é justamente evitar  que a criança chegue a fase adulta cometendo os mesmos erros da infância, porque não aprendeu a lidar com limites e conseqüências de suas escolhas.

A mesada deve ser um instrumento, inclusive, para estimular a formação do hábito de poupança. Assim, dê ao seu filho um cofrinho de presente e explique que se ele guardar toda vez um pouquinho da mesada, ele conseguirá no final de um tempo o dinheiro necessário para comprar um determinado brinquedo.

Educação financeira nas escolas deve levar em conta universo infantil

Analisar as contas de energia de casa e elaborar um plano de redução de consumo e gastos para discutir com os pais são um exemplo de atividade proposta em livros de educação financeira usado nas escolas. A disciplina não faz parte do currículo oficial das instituições de ensino, mas vem ganhando espaço na rede privada de educação. A intenção é que os pequenos se tornem adultos que saibam lidar com o dinheiro, planejar os gastos dentro do orçamento disponível, ficar longe de dívidas e ter reservas financeiras.

“O estímulo não é para que as crianças queiram ser ricas, mas para que elas saibam lidar com o dinheiro no seu dia a dia. Isso fará com que elas tenham menos problemas financeiros, logo terão menos estresse e assim terão mais qualidade de vida”, explica o autor de livros de educação infantil para o ensino médio e especialista no tema, Álvaro Morelli.

Não há um consenso entre os especialistas sobre a idade ideal para que as crianças comecem a ter noções de educação financeira. Alguns defendem que o conteúdo deve entrar no currículo escolar já a partir da educação infantil, outros acreditam que o melhor é começar no ensino fundamental.

Para Morelli, o importante é que o conteúdo seja adequado à idade dos estudantes e trate de situações práticas da rotina das crianças e dos adolescentes para despertar o interesse e facilitar o aprendizado. “A educação financeira infantil não deve trazer assuntos de adultos para as crianças. É preciso falar de dinheiro relacionado a brinquedo, passeio, lanche e aí introduzir fundamentos de educação financeira”, defende.

Seguindo a tendência de interdisciplinaridade apontada pelo Ministério da Educação para o ensino, Álvaro Morelli explica que o ideal é que o tema não entre no currículo como uma disciplina isolada, mas seja trabalhada de forma transversal, inserida no conteúdo de matérias como matemática, história, artes e física.

Os especialistas explicam que a educação financeira deve ter uma temática ampla e abordar também o consumo consciente e ambientalmente sustentável. São orientações para as crianças cuidarem dos próprios brinquedos, do material escolar, apagar a luz ao sair do quarto e fechar a torneira enquanto escova os dentes.

Além do impacto que o aprendizado pode ter na vida dos jovens e crianças, quando os pais não têm uma situação financeira organizada, a orientação que os filhos recebem na escola pode fazer a diferença em casa. “Temos casos de pais saindo do endividamento depois que aprenderam educação financeira com os filhos. É um processo cíclico. Aliás, como foi a educação ambiental, como vai ser a educação para o trânsito”, diz o educador da consultoria  Dsop Educação Financeira Reinaldo Domingos.

A capacitação dos professores é outro elemento fundamental nesse processo. Em alguns casos, é preciso primeiro incorporar a educação financeira à vida dos professores, para que depois eles transmitam o conteúdo aos alunos, segundo Reinaldo Domingos. “O professor acaba assumindo para ele primeiro a educação financeira, para arrumar a vida e a da família dele, aí é treinando pedagogicamente para colocar esses ensinamentos para as crianças de forma ordenada”, diz.
Fonte: Uol – Publicado em 20/05/2016

Mas, que valor estipular para a mesada?

O valor da mesada vai depender da disponibilidade no orçamento da família e também dos gastos que se pretende transferir para a responsabilidade do filho.

Para definição dos gastos a serem cobertos pela mesada deve-se levar em conta, entre outras coisas, o grau de maturidade dos filhos. Assim, gastos como revistas ou álbuns e figurinhas, cinema, lanches escolares ou transporte, são exemplos de despesas cuja responsabilidade poderá ser transferida para o controle dos filhos.

Para ajudá-la a controlar os gastos incentive a criança a ter uma espécie de orçamento, anotando em um caderno todas as despesas, apurando a cada passo os saldo existente.

Selecionamos alguns sites que valem à pena estimular seus filhos a uma visita:

Neste site, as crianças terão acesso a jogos, vídeos com os personagens da turma, quadrinhos e muitos outros conteúdos que oferecem às crianças uma importante educação com muita diversão

Neste site a criança vai aprender não só o valor do dinheiro mas também sobre outros valores muito importantes.  E que na vida tudo pode melhorar ou piorar de acordo com o que a gente aprende e ensina, dá e recebe.

Neste jogo estudantes de todas as idades aprendem os principais conceitos sobre poupança e gastos, orçamento e o uso inteligente do crédito na preparação para o jogo.


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