Condenado por lavagem de dinheiro, Paulo Maluf, fundador e ex-presidente do PP, entregou-se à polícia para cumprir a ordem de prisão do ministro Edson Fachin, do STF (Supremo Tribunal Federal), que determinou que o político comece a cumprir pena em regime fechado. Segundo seu advogado, Ricardo Tosto, o deputado federal e ex-prefeito paulistano está “muito abatido
A ministra Cármen Lúcia, presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), rejeitou nesta quinta-feira dia 21 o recurso da defesa do deputado federal Paulo Maluf (PP-SP) e manteve a decisão do ministro Edson Fachin.
Segundo a PF, como o mandado de prisão foi expedido pela Justiça em Brasília, Maluf terá de se apresentar na capital federal. A PF, no entanto, não confirma se o político será transferido hoje. Caso não seja nesta quarta-feira, ele ficará na carceragem, em custódia, até a transferência.
Em Brasília, Maluf deverá ficar em uma ala especial do presídio no Complexo Penitenciário da Papuda.
Maluf é condenado por ocultar 15 milhões de dólares da construção da avenida Água Espraiada, hoje denominada avenida Roberto Marinho, em São Paulo.
“Aquela velha história do ‘rouba, mas faz’ acabou”, declarou o promotor. “Agora é ‘rouba, faz e vai preso’. Os tempos mudaram. Justiça foi feita. A casa do Maluf caiu.”
O ponto mais forte da investigação foi o depoimento de um ex-diretor financeiro da empreiteira Mendes Jr, Simeão Damasceno de Oliveira.
No dia 7 de fevereiro de 2002, durante onze horas, o executivo depôs a Marques e a seu colega, o promotor José Carlos Blat.
“As principais provas contra Maluf de desvios e remessas ilegais de dinheiro para o exterior foram reunidas entre 2002 e 2004”, relata Silvio Marques. “Nesse período, foram ouvidas dezenas de testemunhas e quebrado o sigilo de contas de mais de 35 pessoas jurídicas e físicas, no Brasil e no exterior.”
No vídeo, gravado em março de 2017, vemos o deputado federal e ex-prefeito de São Paulo, Paulo Maluf, entrando e dirigindo uma ferrari, e na fotografia abaixo o mesmo Maluf, em Dezembro, se entregando na Polícia Federal.
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