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Alfredo Wagner, na década de 50, respirava catolicismo

A Paróquia Bom Jesus de Alfredo Wagner está se preparando para comemorar Bodas de Diamantes em 2019.

Fica difícil imaginarmos como era o ambiente da pequena Capital das Nascentes, naquela época, em que os preparativos para a transformação em Paróquia e futuro Município, movimentava a sociedade em geral.

O título do artigo não é um exagero… Ele não é fruto de lamentação de alguma velha beata ou o arroubo de algum escritor exagerado.

O título significa que a sociedade alfredense, no seu conjunto, seguia os princípios cristãos, vivia como cristãos e demonstrava através de atos.

A saudável disputa em que se envolveram as três comunidades mais importantes à época: Barracão, Catuíra e Rio Engano; representava o desejo de que logo, uma paróquia favorecesse espiritualmente a sociedade. A escolha foi a mais acertada. Localizada em ponto central, o Barracão, rapidamente construiu bela e grandiosa igreja para ser elevada, em 1959 na Matriz da Paróquia Bom Jesus. A paróquia favoreceu a emancipação do Município 4 anos depois era oficialmente constituído.

Mas afinal, quem disse a frase que serve de título para o artigo?

Não foi uma beata, não foi um carola saudosista… foi um jovem luterano que influenciado por este ambiente cristão, pediu a sua admissão na Igreja Católica.

Passo a ela a palavra, retirada de depoimento publicado no livro “José de Campos, uma história para contar”, de Celita Irene Campos Angeloni:

Ser humano Exemplar

Meu nome é Aldo Schütz. Sou filho de Oscar Schütz, o qual foi Presidente do Diretório Distrital de Barracão (uma espécie de Intendente) na década de 50. Tive a religião Luterana, da igreja do Rio Adaga, onde recebi o Batismo.

No início da década de 50, como a minha igreja era mais retirada do Centro de Alfredo Wagner, cresci vendo e sentindo a espiritualidade Católica, pois Alfredo Wagner respirava catolicismo. Os padres franciscanos vinham da Paróquia de Ituporanga para celebrarem a missa na antiga igreja de alvenaria (hoje demolida). Era pequena a igreja, na verdade uma aconchegante capela.

Aos domingos, as crianças e os jovens acompanhavam os pais ou os amigos à reza. Quando o padre franciscano não vinha, era José de Campos quem estava à frente, com o livro litúrgico Cecília, o qual conhecia muito bem, liderando a comunidade nas rezas e nos cantos. Ele tinha a colaboração valiosa de Adelar Lehmkuhl, Irma Kretzer, Paulo Bunn, Veneranda Wesller e Isidoro Cechetto.

Por acompanhar atentamente a fé e a dedicação de José de Campos à comunidade, eu quis seguir a religião Católica. Tive meu Batismo e Primeira Comunhão no mesmo dia, com o Frei Deodoro Zimmermann, que veio de Ituporanga para celebrar a missa. Duas filhas de José de Campos, Inez Zita e Maria Elena, fizeram também a Primeira Comunhão nesse mesmo dia.

José de Campos, no meu entender, era uma luz dentro da Igreja Católica.

Aldo Schütz – Professor de Química da UFSC – Aposentado

Neste lindo depoimento podemos ver o chamado para nós católicos de 2018: sermos luz dentro da Igreja Católica. Sermos católicos autênticos, que não humilham, não menosprezam a ninguém, mas a todos acolhem com espírito cristão.

A Paróquia Bom Jesus de Alfredo Wagner está se preparando para comemorar 60 anos de existência. Vamos nos propor, sermos para nossos semelhantes uma luz que ilumina, aquece e conduz!


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