A tecnologia que PODERIA ter salvado o Museu Nacional
No dia do incêndio do Museu Nacional, não havia água nos hidrantes. E, mesmo que houvesse, encharcar os ambientes com água poderia ter diminuído o desastre causado pelo fogo, mas haveria danos causados pela água. Claro que poderiam ser menores – mas, todo mundo já sabe hoje em dia que a água não é a melhor resposta para situações como essa.
Nos datacenters, esses aglomerados de inúmeros servidores por onde passa boa parte da nossa vida digital, o problema é parecido. Imagine um incêndio aqui. Se você jogar água em tudo, pode controlar as chamas, mas corre o risco de danificar os computadores. O prejuízo físico pode ser menor, mas as perdas de dados podem ser igualmente catastróficas.
Faz toda lógica. Para ter fogo, você precisa de 3 elementos: algo que sirva de combustível. Algo que inicie uma chama e oxigênio. Não combustão sem oxigênio. Então, nos sistemas modernos, o que se faz é usar gases que conseguem diminuir a quantidade oxigênio no ambiente, de modo que não haja suficiente para que o fogo continue a se propagar. O heptafluoropropane, que é conhecido comercialmente como FM-200 é um dos mais usados. Ele consegue reduzir a quantidade de oxigênio no ambiente para níveis que tornam impossível a propagação das chamas. Qualquer foco de incêndio é eliminado rapidamente. A operação é rápida e precisa.
Voltando ao caso do Museu Nacional, o que mais chama a atenção é a instalação de um sistema similar custaria algo em torno de 1 milhão de reais… uma quantia relativamente pequena, se formos fazer as contas em relação ao acervo de valor incalculável que se perdeu.