Em determinado momento, percebeu-se que até mesmo nos templos as flores de plásticos lá estavam (estão), de qualquer forma, a homenagear aquele ou este santo.
Antes, as flores reais — daquelas que você pegava um exemplar, pétala, folhinha, raminho e levava para casa como continuidade da elevação de prece que fizera ou de, legitimamente, espécie de proteção e que depois a guardava, muitas vezes, dentro de um livro, dicionário ou lista telefônica e ali jazia por tempos e tempos — simbolizavam a gratidão dos fiéis e a liberalidade das graças.
E se no caminho de casa você encontrasse um amigo que lhe confidenciasse suas aflições, você lhe dava o que “roubara” e ele tomava como sinal de resolução a seus espinhos…
Válida a boa intenção, possível não é fazer assim com as flores de plástico. Estas têm apenas o caráter ornamental do ambiente, nada tendo elas a oferecer além disto, salvo a reciclagem, se lembrada…
As flores reais e as de plástico estão para aquelas às cartas escritas de próprio punho, assim como estas às digitadas.
Nas redes sociais, deu-se o inverso, ou seja, o mais comum são as postagens de plástico, aquelas passadas e repassadas, que você e meio mundo de pessoas recebem e que possuem a vantagem única de ser forma de lembrança. Só!
Já as postagens reais, são aquelas “de próprio punho”, quando você as recebe, você as guarda dentro de seu livro d’alma…
Bom domingo!
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