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Calminha, calminha… mas nem tanto! Brasília fervilha!

Brasília está mais calma, aparentemente… embora o Governo esteja governando no limite!

Os jornais já não falam mais em crise política e nem mencionam a pressão que o governo enfrenta. Operar no limite está virando comum para o Planalto.

O Valor Econômico anuncia que o governo está nas mãos dos Congresso em função da Regra de Ouro, ou seja, negociar é importante e quem tem força de barganha consegue quem obedeça.

No geral, a imprensa tem colaborado com o governo ao tratar as manifestações do dia 26 como sendo uma expressão de desejos da sociedade, mas esconde que uma parcela bem específica é que foi às ruas nesse dia.

A resposta do governo às manifestações foi a proposição do pacto entre os poderes que está recebendo críticas no Parlamento e também em setores do Judiciário, como informa a Folha de S. Paulo.

Mas, o Pacto enfrenta resistências.

A Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho pediu audiência com Toffoli. O grupo já apontou inconstitucionalidades na reforma e vê com preocupação a tentativa de atrelar o Supremo à causa. Já o presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros, Jayme Oliveira, diz que o “reconhecimento da necessidade de reformas não significa, em nenhuma hipótese, a defesa desta proposta ou de pontos dela”.

No Congresso o texto do Pacto de Bolsonaro também foi criticado. principalmente o trecho final, que exalta o combate ao crime “nas ruas e nos gabinetes”, e foi lido como forma de criminalizar a política… Parece que a carapuça serviu e incomodou muita gente.

O documento do governo quer invocar “as demandas do povo como o grande farol de nossa democracia” e na inauguração de “um novo tempo”. O texto prega a “defesa da vida e da dignidade humana; o respeito às liberdades individuais e à propriedade privada”. O livre mercado é exaltado.

Deputados dizem que Bolsonaro não procura um pacto, e sim o endosso de seu programa de governo. Baseado em generalidades, dizem os críticos da ideia, os termos precisam ser analisados à luz de propostas já feitas pelo presidente antes de serem validados.

A Folha também publica a notícia da promessa do governo de endereçar verbas aos deputados que apoiarem a reforma da Previdência. O jornal só não menciona que a prática é exatamente o que Bolsonaro criticava durante a campanha eleitoral.

Ou seja, não faltará dinheiro para Deputados, só para 2 milhões de idosos pobres do BPC (Benefício da Prestação Continuada) cujos recursos, se não forem aprovados em 15 dias ficarão sem dinheiro.

A Folha ainda informa que o sistema de capitalização chileno, modelo para a proposta de Paulo Guedes, está enfrentando sérios problemas em função do aumento da informalidade.

Os problemas ambientais voltam a cena. O presidente do Senado está contrario aos interesses da bancada ruralista, o que é surpreende! Segundo a mídia será enterrada a MP que altera o Código Florestal. Enquanto isso, o ministro do Meio Ambiente alterou as regras de composição do Conselho Nacional do Meio Ambiente para ter a maioria dos assentos.

O Papa escreveu para o ex-presidente Lula. Nenhum jornal tratou do assunto demonstrando que Papa e Lula não são assuntos que despertam interesse em seus leitores, quando estão juntos. Se o Papa Francisco houvesse escrito uma carta para os Bispos mencionando que deseja voltar ao Brasil, a repercussão entre os leitores seria maior. O assunto Lula já está desgastado e causando desinteresse.

 


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