Últimos três casos deixaram cinco pessoas feridas e três cães mortos
Após ataques de abelhas no estado, a Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri) emitiu um alerta com auxílios do que fazer em caso de contato direto com esses insetos no período de verão.
De acordo com a Epagri, o enxame raramente apresenta risco à população. No período mais quente do ano, as colmeias ficam mais populosas e as abelhas podem ter um comportamento agressivo caso sintam alguma ameaça à moradia delas, causada por barulho ou vibração de solo. Por isso, podem atacar.
A recomendação em caso de contato com colmeias ou aglomerados de abelhas em troncos de árvores ou beiradas de casas é chamar profissionais ou o Corpo de Bombeiros para a remoção do enxame. A intensidade do ataque destes insetos para se defender depende de fatores genéticos da colônia.
Os últimos três ataques ocorreram em áreas urbanas, onde cinco pessoas ficaram feridas e três cães morreram. Esses fatos podem ter sido causados pelos insetos estarem alojados em áreas próximas aos locais habitados, muitas vezes feitos por apicultores amadores.
Orientações em casos de ataques:
- Afaste-se da colmeia o mais rápido possível;
- Quando já estiver protegido, socorra quem estiver sendo atacado com uma coberta ou algo parecido a uma distância segura, onde já não se observem abelhas sobrevoando;
- Se a vítima receber grande número de picadas, chame o serviço de emergência médica para que a pessoa atacada receba os devidos cuidados;
- Independentemente do número de ferroadas, se estiver se sentindo mal (queda de pressão, falta de ar, aparecimento de manchas avermelhadas pelo corpo ou outro sintoma), procure atendimento médico imediato. Você pode ser alérgico e precisará de atendimento rápido.
Após os ataques:
- Retirar imediatamente os ferrões para evitar que todo o veneno seja injetado na vítima. Para isso, não utilizar o dedo ou pinça, a fim de não comprimir a bolsa de veneno. Recomenda-se retirar os ferrões com o auxílio de uma lâmina de canivete ou faca, raspando cuidadosamente rente à pele;
- Lavar abundantemente os locais atingidos com água corrente, sem esfregar a pele para não espalhar mais rapidamente o veneno;
- Aplicar bolsas de gelo no local das picadas para diminuir o inchaço;
- Aplicar no local das ferroadas, sem esfregar, uma pomada com antialérgico e analgésico para amenizar as dores;
- Nos casos de pessoas alérgicas e nos pacientes que não estão passando bem, procurar atendimento médico com urgência.
Recomendações para apicultores:
Ao instalar o apiário, o apicultor deve observar as seguintes distâncias de habitações, estradas, animais presos e locais de circulação de pessoas:
- Apiários com até 10 colmeias devem ter 150 metros quando existir uma barreira com florestas ou outras e 300 metros em locais sem barreiras;
- Apiários com mais de 10 colmeias devem ter 200 metros quando existir barreira e 300 metros em locais sem barreiras.
Esses dados foram definidos por convenção entre técnicos e representantes de apicultores catarinenses em 2015.
Últimos casos
Uma das situações mais recentes em Santa Catarina ocorreu em Camboriú, no Litoral Norte, quando uma mulher foi atacada por abelhas enquanto dirigia em 13 de dezembro. Ela foi ajudada por um policial militar. Os dois precisaram ser levados ao hospital. Ela levou 150 picadas e ele, 30.
No início de dezembro, outro policial militar levou mais de 100 picadas enquanto tentava salvar um homem em Florianópolis. Este levou mais de 300 picadas e precisou ficar 24 horas no hospital recebendo medicamento e fazendo exames. Apesar do susto, os dois passam bem.
Em novembro, um jovem de 21 anos foi atacado por um enxame enquanto cortava grama no quintal de casa em Concórdia, região Oeste do estado. Ele foi socorrido pelo Corpo de Bombeiros Voluntários e encaminhado ao Pronto Socorro do Hospital São Francisco, onde foi atendido e liberado em seguida.
Três cachorros da família, que estavam no quintal, também foram atacados e acabaram morrendo por causa da picadas.
Por G1SC
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