Além de trazer mais segurança aos profissionais, projeto deve reduzir o tempo de atendimento dessas ocorrências em até 50%
A Celesc e a UFSC uniram esforços para resolver um desafio na operação e manutenção do sistema elétrico: a instalação de transformadores em espaços confinados, já que esses equipamentos podem chegar a três toneladas e dois metros de altura, o que dificulta seu transporte e manobra. Ao todo, 22 pesquisadores da Universidade e cinco técnicos da distribuidora vão desenvolver o protótipo de uma plataforma robotizada para transportar transformadores em locais de difícil acesso.
“A parceria foi concretizada por meio da seleção da proposta da universidade em chamada pública da Celesc, que buscava soluções inovadoras para incrementar a eficiência e a qualidade do setor elétrico”, conta o professor Rodrigo de Souza Vieira, coordenador do projeto. A proposta será contemplada com recursos que somam R$ 3,2 milhões, a serem repassados pela Celesc por meio da Fundação Stemmer para Pesquisa Desenvolvimento e Inovação (FEESC).
O desafio é realizar o transporte do equipamento desde a entrada do local (meio-fio da rua) até onde ele será instalado. “Muitos condomínios usam transformadores de grandes proporções, cuja manutenção é de responsabilidade da Celesc. Para preservar a fachada ou priorizar outros aspectos que incidem no cotidiano dos moradores, é comum que eles sejam instalados em áreas menos visíveis e com acesso dificultado”, relata Roberto Kinceler, engenheiro mecânico da Divisão de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) da Celesc.
Nesses percursos, os obstáculos são muitos: desníveis no solo, rampas, portas, até a tarefa de posicionar o transformador no seu local de instalação. “O projeto que será desenvolvido deve considerar todos esses desafios”, conta Elias Renã Maletz, doutorando do Laboratório de Robótica Aplicada (LAR) da instituição e membro da equipe desenvolvedora da proposta.
“Atualmente, tal manobra exige a participação de seis técnicos e demanda cerca de cinco horas para ser concluída. A expectativa é de que, com a plataforma robótica, automotora e reconfigurável, além de mais seguro, esse processo envolva um número menor de profissionais e reduza seu tempo em até 50%”, planeja Kinceler. O primeiro protótipo deve ser apresentado dentro de um ano e meio e, em até três anos, a proposta deve ser concluída e apresentada à Celesc.
Como surgiu o projeto
A ideia do projeto surgiu a partir da necessidade identificada pela Celesc. “Após enfrentarmos um período atípico de queima de transformadores em condomínios no ano de 2016, percebemos as dificuldades enfrentadas pelas equipes de eletricistas para prestar esse tipo de atendimento”, conta Felipe Cassias Pereira, chefe da Divisão Projetos e Construção de Distribuição da Celesc, que acompanha a questão desde o seu início.
A partir disso, em 2017 a Celesc abriu Chamada Pública na área de Pesquisa & Desenvolvimento para melhorar essas condições. A proposta da UFSC foi selecionada e, no dia 06 de dezembro passado, o contrato entre a instituição, a FEESC e a Celesc foi assinado, dando início às atividades.
Por assessorias de imprensa Celesc e UFSC
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