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Papa: tudo parece vacilar. O Terço nos mantém firmes naquilo que realmente conta

O Papa Francisco se uniu espiritualmente aos fiéis que, às 21h locais (17h em Brasília), rezaram o Terço a convite dos bispos italianos, em meio à emergência provocada pelo coronavírus. O Papa exorta todos à esperança e ao exercício da proximidade em família, através da compreensão, da paciência e do perdão. O Pontífice invoca São José para que proteja a Itália
Cidade do Vaticano

Nesta situação inédita, em que tudo parece vacilar, ajudemo-nos a permanecer unidos naquilo que realmente conta.

Foi o que disse o Papa Francisco numa videomensagem aos fiéis na Itália e de todo o mundo, inclusive do Brasil, ao aderir à iniciativa dos bispos italianos de rezar o Terço na noite de quinta-feira, para pedir o fim da pandemia de coronavírus.

O Terço, a oração dos humildes e dos santos

A iniciativa da Conferência Episcopal Italiana, observa Francisco, é a mesma que tantos bispos nesses dias dirigiram aos fiéis de suas dioceses, buscando “amparar com sua palavra a esperança e a fé” do povo. O Pontífice então descreve assim a oração da Ave-Maria, repetida 50 vezes, recomendada pela própria Virgem:

A oração do Terço é a oração dos humildes e dos santos que, nos seus mistérios, com Maria contemplam a vida de Jesus, rosto misericordioso do Pai. E quanta necessidade todos temos de ser realmente consolados, de nos sentir envolvidos pela sua presença de amor!

A compreensão e o perdão em família

É na relação com os outros, diz ainda o Papa, que nós experimentamos a verdade desta presença, e num momento como este em que os outros são “os familiares mais íntimos”, Francisco convida a fazer-se “próximo um do outro, exercitando nós por primeiro a caridade, a compreensão, a paciência e o perdão”. Alargando o coração para que “o outro possa sempre encontrar disponibilidade e acolhimento”. E prossegue:

Esta noite rezemos unidos, confiemo-nos à intercessão de São José, Protetor da Sagrada Família, Protetor de todas as nossas famílias. Também o carpinteiro de Nazaré conheceu a precariedade e a amargura, a preocupação pelo amanhã; mas soube caminhar na escuridão de alguns momentos, deixando-se guiar sempre, sem reservas, pela vontade de Deus.

A invocação do Papa a São José

A mensagem de Francisco prossegue com uma súplica ao esposo de Maria, de quem a Igreja celebra hoje a Solenidade. Eis as suas palavras:

Protegei, Santo Defensor, este nosso País.

Iluminai os responsáveis pelo bem comum, para que saibam – como vós – cuidar das pessoas confiadas à responsabilidade deles.

Concedei a inteligência da ciência àqueles que procuram meios adequados para a saúde e o bem físico dos irmãos.

Sustentai aqueles que se dedicam aos necessitados: os voluntários, os enfermeiros, os médicos, que estão na linha de frente no tratamento dos doentes, mesmo à custa da própria incolumidade.

Abençoai, São José, a Igreja: a partir de seus ministros, fazei-a sinal e instrumento da vossa luz e da vossa bondade.

Acompanhai, São José, as famílias: com o vosso silêncio orante, construí a harmonia entre os pais e os filhos, de modo particular os mais pequeninos.

Preservai os anciãos da solidão: fazei que ninguém seja deixado no desespero do abandono e do desencorajamento.

Consolai quem é mais frágil, encorajai quem vacila, intercedei pelos pobres.

Com a Virgem Mãe, suplicai ao Senhor para que liberte o mundo de toda forma de pandemia.

 


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