A imprensa, neste sábado de Aleluia, foca suas notícias no crescimento do número de casos e de mortes no Brasil e no mundo numa clara tentativa de mostrar aos seus leitores que é preciso levar a epidemia e isolamento a sério.
A Fundação Perseu Abramo, em seu boletim, considera que a imprensa está ignorando “o fato de o número de casos no Brasil ser extremamente subnotificado”.
Para a Fundação, isso deve ocorrer pois os veículos de comunicação estão mais “interessados em construir uma narrativa contra Bolsonaro valorizando o ministro da Saúde e, por consequência, os jornais prefiram não mostrar que existe uma falta de estrutura na saúde brasileira”.
A falta, aponta o boletim, “é resultado da política de austeridade – defendida pela imprensa tradicional – que vem promovendo enormes cortes nos investimentos em saúde pública e em pesquisa na área da saúde. Portanto, os jornais tentam conscientizar os seus leitores com base em dados que são ´capengas`”.
O noticiário político da mídia brasileira aborda o que chamam de “postura irresponsável de Jair Bolsonaro” que segue indo às ruas para ter contato com o povo. A palavra “irresponsável” não aparece nas reportagens, mas é utilizado no boletim da Fundação Perseu Abramo (ligada ao PT): “Os jornais falam em “mau exemplo”, uma vez que a adesão ao isolamento está caindo em diversas cidades pelo Brasil.”
A Folha de São Paulo afirma que “evangélicos têm mais tendência pró-Bolsonaro e relativizam mais a epidemia”.
O Globo informa que o governo do Distrito Federal começou a recuar nas medidas de isolamento e que o monitoramento das movimentações de aparelhos de telefone celular comprova a baixa adesão ao isolamento no Rio de Janeiro. O jornal carioca também publica reportagem sobre os efeitos colaterais relacionados ao uso da cloroquina em pacientes com covid-19.
Além disso, os jornais publicam reportagens sobre a coletiva concedida por um representante do governo chinês para falar sobre os atritos entre os dois países que foram provocados por integrantes do governo.
O noticiário econômico mostra que o socorro estatal continua inócuo no Brasil e que há uma forte disputa entre a Câmara e o poder Executivo. Paulo Guedes tenta se aproveitar de insatisfações dos senadores com a Câmara Federal para fazer com que o Senado atenda as suas vontades.
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