Teve suas razões, certamente. Moro abandona o Governo sentindo-se magoado pelo fato do Presidente nomear outro Diretor Geral da Polícia Federal – atropelando toda a hierarquia do ministério comandado por Moro. O cargo era ocupado por Maurício Valeixo, indicado por Sérgio Moro e de sua confiança.
O então Ministro da Justiça, não queria a exoneração e nomeação de outra pessoa, pois não via uma razão plausível para tal fato, mas “o presidente, no entanto, insistiu na troca do diretor-Geral.“
A PF não quer intervenção política, houve no passado tentativas que duraram menos de três meses.
“O presidente me quer realmente fora do cargo.” Concluiu Sérgio Moro, afirmando em seu pronunciamento “de todo modo, meu entendimento foi que eu não tinha como aceitar essa substituição. (…) Tenho que preservar o compromisso que assumi, com o próprio presidente, de que seriamos firmes no combate à corrupção. Temos que garantir o respeito à lei e a própria autonomia da PF contra interferências políticas. O presidente tem competência para indicar o diretor-Geral, mas ele assumiu compromisso comigo de que eu faria essa escolha. Pode ser alterado o diretor-geral desde que tenha uma causa consistência. Percebendo que essa troca pode levar a relações impróprias, não posso concordar.“
O símbolo do combate à corrupção agora está desempregado. Resta saber se o combate à corrupção parará de vez.
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