Em um gesto de reaproximação com Guedes, Maia disse que pautas que envolvem a melhoria do gasto público foram interrompidas em razão da pandemia do novo coronavírus, mas destacou que “está na hora de a gente voltar a ter reuniões periódicas e permanentes”.
“Como ele, eu também acredito muito que o Brasil vai crescer gerando marcos regulatórios, segurança jurídica para o setor privado investir, seja nas leis, seja na reforma tributária, mas o Estado brasileiro precisa melhorar a sua produtividade. Não há caminho para melhorar a sua produtividade sem discutir a administração pública, as PECs que tratam da indexação do Orçamento”, disse Guedes, em entrevista na entrada do prédio do Ministério da Economia ao lado de Guedes.
Após meses de estremecimento na relação, o presidente da Câmara afirmou que estava à disposição para dialogar de “forma permanente para que a gente tire da frente qualquer tipo de ruído nas nossas relações, na relação do governo com parte do Parlamento”.
O presidente da Câmara disse ainda que o debate sobre a desoneração da folha de pagamento fica para frente, depois que a iniciativa foi vetada pelo presidente Jair Bolsonaro.
“A reunião de hoje foi para demonstrar união de esforços, não divisão. Tudo aquilo que nos divide vai ficar para frente”, disse.
O encontro dos dois é um indício de armistício na relação. Nos últimos meses, após uma série de embates, Maia não tinha uma interlocução direta com Guedes, conversando apenas com técnicos da equipe econômica, como ele mesmo dizia publicamente.
(Reportagem de Ricardo Brito; Edição de Pedro Fonseca) Fonte: Reuters
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