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Bandeira preta: RS decreta risco máximo de Covid-19 em região do estado

A bandeira preta é a restrição máxima prevista pelo modelo de Distanciamento Controlado, e significa que tanto a capacidade hospitalar como o contágio por coronavírus alcançaram níveis críticos na região. Vale lembrar que bandeira preta não é o mesmo que lockdown. De acordo com o governo estadual, a determinação do nível preto se deu diante da constante redução de leitos de UTI livres e pelo aumento de casos de contágio e de internação por causa do novo coronavírus.

Caso a classificação para risco altíssimo se mantenha no mapa definitivo, a ser divulgado na segunda-feira (14/12), as restrições mais rígidas serão aplicadas nas regiões de Bagé e de Pelotas a partir da terça-feira (15/12).

O que significa a bandeira preta

Em bandeira preta no mapa preliminar, as regiões de Bagé e Pelotas — que compreendem 28 municípios com 9,3% da população gaúcha — foram classificadas em risco altíssimo devido ao agravamento de importantes indicadores do Distanciamento Controlado.

Em relação ao número de óbitos, Pelotas é a mais expressiva, registrando 41 mortes confirmadas por Covid-19 nesta semana, quase o dobro se comparado com a semana passada (23 óbitos). Bagé registrou mais 10 mortes nesta semana, o mesmo indicador da rodada anterior, contudo, quintuplicou os registros na comparação com a semana retrasada, quando houve duas mortes.

Desde a 26ª semana do Distanciamento Controlado, a região de Pelotas apresenta aumento nas hospitalizações de confirmados da doença. Enquanto na 26ª rodada foram 22 registros, na atual, são 87. De forma similar, Bagé apresenta aumento desde a 28ª semana, quando houve cinco hospitalizações – nesta, foram 23.

Com isso, houve redução de 50% na oferta de leitos livres para tratamento intensivo na região, que agora está com 15 unidades – na semana anterior eram 30 e, na retrasada, 35. Contabilizou avanço também no acumulado de sete dias em termos de internações em leitos clínicos: foram 102 ante 75.

Ainda para a macrorregião Sul, o indicador relacionado à capacidade de atendimento piorou no comparativo entre as semanas. O percentual de pacientes confirmados para Covid-19 em leitos de UTI, com relação aos leitos livres, aumentou novamente. Enquanto na semana passada havia 0,79 leito de UTI livre para cada leito de UTI ocupado por paciente Covid-19, nesta semana o indicador passou para 0,30 – número mais baixo entre todas as macrorregiões e da série histórica de todo o modelo.

Alerta extremo

O momento é de extremo alerta: o Rio Grande do Sul observou aumento em quase todos os indicadores monitorados pela equipe do Distanciamento Controlado. Houve elevação, nos últimos sete dias, de 14% nas hospitalizações por Covid-19 (de 1.174 para 1.338 casos), que alcançou o maior número desde o início do monitoramento.

Também é o número mais elevado de pacientes em UTI, em leitos clínicos e de óbitos. As mortes cresceram 15% nesta semana, chegando a 409 registros. Como resultado, há o menor número de leitos livres (407) no Estado, bem como a menor razão de leitos livres para cada ocupado (0,44), que baixou de 0,5 também pela primeira vez. Por isso, o governo do Estado reforça a necessidade de a população seguir os protocolos e as regras sanitárias estabelecidas pelo modelo.


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