Alfredo Wagner, segundo dados de boletim divulgados na página oficial da Prefeitura Municipal no dia 26 de fevereiro, possuía 616 casos confirmados de infecção pelo Coronavírus, sendo 41 ativos no momento.
3034 testes já foram realizados. 2 óbitos estão registrados para a doença.
O município recebeu 135 doses de vacina tendo sido aplicadas a profissionais da Saúde, 121 e em 14 idosos.
Estes são os dados oficiais publicados, como disse, na página https://www.facebook.com/prefeituraalfredowagner.
30 % da população alfredense já fez o teste para diagnosticar Coronavírus e 6% da população apresentou positivo para a doença. 93% dos casos confirmados já se recuperaram e no momento em que a Prefeitura Municipal apresentou o relatório na página mencionada, apenas 6% estão ativos.
O quadro pode mudar na segunda feira, quando voltarem os relatórios, mas provavelmente a alteração será pequena devido ao lockdown deste fim de semana.
Voltemos ao tema do título deste artigo: conversando com quem já teve o Covid-19.
As reações ao vírus são muito variadas. Dependem de diversos fatores, comorbidades, deficiências, etc.
Conversei com algumas pessoas que já tiveram e é importante relatar aqui para o seu conhecimento, querida leitora e paciente leitor.
Em uma família de pessoas ligadas ao campo, mas com trabalhos na “praça” (como chamamos aqui o centro administrativo, político e comercial de Alfredo Wagner) todos foram atingidos.
É uma família normal: o casal, 3 filhos, 2 genros/noras, 5 netos.
Todos os adultos desta família pegaram covid-19 e cada qual apresentou uma reação, sendo que o último a pegar foi o chefe da família. Cada um que pegava ia acrescentando sintomas ao próximo e quando o ultimo pegou, parece que tudo o que os outros sentiram caiu sobre ele.
Seu primeiro sintoma foi a perda do olfato. Tendo resistido durante todo o período em que a família esteve doente, ele ao perder o olfato, sabia que algo estava errado e procurou fazer o teste. Uma vez confirmado buscou tratamento médico. Uma primeira crise o levou a passar alguns dias no Hospital Nossa Senhora do Perpétuo Socorro de Alfredo Wagner. Um pouco melhor, voltou para casa, mas uma segunda crise obrigou o paciente a ser internado novamente, mas desta vez em Bom Retiro pois nosso hospital estava sendo dedetizado e desinfetado, ficando fechado por alguns dias.
De volta para casa e seguindo orientações de médica que já havia acompanhado outros casos aqui em Alfredo Wagner, este chefe de família, seguiu as recomendações e se recuperou.
A recuperação, porém, não foi sem dor. Uma das situações que ele comentou foi a falta de ar e a agonia que sentiu, querendo o oxigênio para os pulmões, respirando mas sem conseguir.
Sua médica recomendou que neste momento de crise respiratória, se colocasse de bruços, com a cabeça mais baixa. A posição aliviava e favorecia a respiração.
Andar neste estado era um suplício, comentou ele. Uma grande conquista foi andar 60 passos por dia, segundo recomendação médica, mas era sacrificado. As pernas doíam, não conseguia apoio sozinho e ao terminar o trajeto ficava mais cansado do que no início.
A morte passou por seus olhos, comentou ele, e muitas vezes pensou que era seu fim.
Passada a crise, não se volta ao normal! Ficam sequelas, a força já não é mais a mesma, a disposição e a agilidade representam um esforço que antes nem passavam pela mente.
616 casos confirmados, sendo 41 ativos na sexta feira dia 26 de fevereiro de 2021. Em grau maior ou menor, todos passaram por sintomas semelhantes, aparentando reações mais ou menos fortes dependendo da constituição física, etc.
Nós não podemos olhar nosso semelhante como se ele fosse uma cópia de nós mesmos! Cada ser humano é diferente do outro, e portanto, apresenta reações diferentes ao coronavírus. Para alguns é uma gripezinha, mas para outros representa a morte!
Pense nisso quando for perambular pela praça sem máscara, sem manter distancias e sem higienizar suas mãos. Como no caso que comentei, você poderá ser o último a pegar, mas o Covid-19 poderá estar todo concentrado em você, quando chegar sua hora.
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