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Agravamento da situação sanitária no País deixa o Ministério da Saúde no vácuo

Essa é a afirmação da edição brasileira do El País que reforça a versão o Ministério da Saúde enfrenta vácuo de poder em plena escalada da pandemia.

O panorama aponta para acelerado agravamento da Crise na Saúde. O Estadão informa que pacientes estão indo para a fila de transplante de fígado por conta do uso do chamado “kit covid” – medicamentos sem eficácia contra o vírus, como ivermectina e hidroxicloroquina.  Ao menos 3 pacientes já morreram. Médicos relatam hepatite causada pelo uso dos remédios, recomendado por Bolsonaro e distribuído pelo Ministério da Saúde.

Repercutiu na imprensa do Exterior, e com muita força, a carta do empresariado brasileiro cobrando do governo medidas de contenção para reverter a dramática crise na saúde. Em despacho, a Associated Press reporta que economistas do Brasil pedem medidas mais duras à medida que os casos aumentam. O assunto é destaque também no jornal português Diário de Notícias. A Reuters difunde pres release no qual diz que “a elite empresarial brasileira detona Bolsonaro”.

Centenas de economistas brasileiros, incluindo ex-ministros da Fazenda e presidentes de bancos centrais, instaram o governo brasileiro, em carta aberta publicada na segunda-feira, a acelerar a vacinação e adotar restrições mais duras para conter a disseminação desenfreada da Covid-19, publica a AP.

O Estadão informa que a carta foi percebida no Planalto como um ‘movimento’ contra Bolsonaro. Maria Cristina Fernandes, no Valor, aponta que o Congresso se vale da carta para tentar isolar presidente na gestão da pandemia.

A Associated Press teve seu release replicado pelo Washington Post e mais de 18 mil sites noticiosos. De acordo com a reportagem, desde o início da pandemia, Bolsonaro luta contra as restrições à economia adotadas por governadores e prefeitos estaduais. Na semana passada, o presidente buscou suspender as restrições impostas no Distrito Federal, Bahia e Rio Grande do Sul por meio do Supremo Tribunal, relata.

Vera Magalhães, colunista do O Globo, diz que a carta dos economistas reforça solidão do ministro Paulo Guedes. “O que as duras constatações de falência múltipla da economia expressadas na carta dos economistas faz é acentuar o descolamento de Guedes em relação à realidade, e mostrar que, se insistir em permanecer no barco, ele afundará junto com Bolsonaro, prevê.

O ataque das Variantes

Como num filme de terror, a imprensa europeia apresenta manchetes que destacam o agravamento da crise do covid no Brasil.

O jornal português Diário de Notícias, a partir de despacho da agência de notícias Lusa, relata que um estudo identificou mutações em variantes que circulam no BrasilForam identificadas ‘linhagens SARS-CoV-2’ a circular no Brasil ‘com mutações preocupantes’, revela estudo assinado por 31 investigadores e desenvolvido pelo maior centro de investigação científica do país, a Fiocruz, reporta.

Na Alemanha, é destaque o Frankfurter Allgemeine Zeitung,  cuja reportagem fala do agravamento da crise no Brasil, com a explosão do número de mortos. “As máscaras protetoras absorvem as lágrimas”, descreve o correspondente Tjerk BrühwillerOs mortos da coroa são enterrados a cada dez minutos no maior cemitério da América Latina. O clima no Brasil está mudando. A incerteza se transforma em medo, relata.

O correspondente Christoph Gurk, do Sueddeutsche Zeitung, relata que o número de infecções está aumentando em quase todos os lugares da América do SulA culpa é do clima, do cansaço das pessoas – mas também da nova e perigosa variante do vírus da Amazônia”, reporta. “É o ataque da selva – diz o título da reportagem.


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