Com pandemia, lojas virtuais crescem 75%; especialista indica quais áreas do setor precisam passar por processo de digitalização
O varejo está entre os diversos setores que sofreram impacto econômico e que se reinventaram durante a pandemia. O fechamento do comércio físico e o aumento do consumo online não deixou escolha aos negócios do segmento, senão correr para o e-commerce, os marketplaces e os aplicativos de delivery. Como resultados, as lojas virtuais tiveram expansão de 75% em 2020, segundo o último relatório Recovery Insights da Mastercard.
“Esse movimento acelerado, porém, evidenciou pelo caminho diversas lacunas do setor que poderiam ser preenchidas pela automação e inovação. Como tudo indica que a transformação digital do varejo, assim como de vários outros segmentos, deve ser permanente e contínua, ainda há muito caminho para crescer”, sugere Paulo Lima, CTO da Guiando.
Confira uma seleção de cinco áreas varejistas listadas pelo especialista que seriam beneficiadas pela automação:
1) Gestão
Controle, segurança, redução de custos, melhoria do atendimento e aumento da produtividade. A lista de benefícios de se implantar um bom sistema de gestão em um player varejista é longa. “Antes de escolher um ERP, porém, é preciso entender se ele atende às necessidades do negócio, se há facilidade de integração com outros sistemas e como funciona o suporte do fornecedor”, orienta Lima.
2) Atendimento e meios de pagamento
Com a pandemia, o atendimento ao consumidor passou a ser menos físico. Em compensação, a demanda por customização aumentou sem precedentes. No comércio online, valoriza-se a compra sem dificuldades, veloz e livre de erros. O uso de chatbots, por exemplo, tem crescido muito nos últimos anos. Ainda, as ferramentas de automação ajudam a produzir relatórios e a cruzar dados para aumentar os insumos sobre o comportamento e desejos do consumidor.
“Outro fator determinante para os shoppers são os meios de pagamento, que vêm se tornando mais digitais e sem contato, como o NFC (por aproximação) e os links de pagamento”, observa.
3) Contas a Pagar
Embora muitas vezes passe despercebido, o Contas a Pagar pode ser uma grande fonte de gastos excessivos. Na maioria das empresas o processamento e pagamento de faturas ainda é feito manualmente, o que facilita o descontrole, falhas e erros humanos e, consequentemente, aumenta a incidência de multas, juros e cortes de serviços. “A automação inteligente da coleta, análise e pagamento de faturas gera aumento de visibilidade e produtividade nas empresas. Esse mercado ainda emerge no Brasil, mas já conta ferramentas que têm facilitado a vida de profissionais do setor“, diz.
4) Logística
Um pilar importante para os varejistas é garantir a excelência nas entregas. Hoje, o consumidor quer ver a mesma rapidez com que conclui a compra refletida em todo o processo logístico. Assim, investir em tecnologia logística é estar à frente no mercado varejista. Entre as tendências para o setor está, por exemplo, o uso de blockchain para rastreamento da cadeia de suprimentos. “Centralização de informações, redução de custos e tempo, e aumento da satisfação do cliente final são benefícios da automação nesse setor”, afirma o CTO.
5) Marketing
Com a digitalização do varejo, a comunicação também é praticamente toda deslocada para o online, onde os consumidores são bombardeados de informação o tempo todo. O varejo tem o desafio de otimizar suas campanhas de marketing B2C para atrair o maior número de clientes dentro dessa lógica. Nessa estratégia, a automação também entra para ajudar. “É possível personalizar mensagens para segmentos de clientes, programar disparos de e-mail para recuperação de carrinho de compras abandonado e medir resultados de campanhas de maneira fácil e objetiva”, conclui Saulo.
Lucio Agberto
Assessor de Comunicação
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