Como previsto pela Anatel, o leilão do 5G começou na manhã desta quinta-feira (4) na sede da agência. Por conta do número de interessados, a previsão é que a sessão seja prolongada até sexta-feira (5).
A expectativa é que as grandes prestadoras de serviço (Claro, Vivo e Tim) devam brigar pelas frequências mais elevadas ou “puras”, que podem oferecer maior velocidade de conexão ao cliente final.
Já para os provedores regionais, por exemplo, o interesse será em frequências menores, que entregam velocidade mais baixa, mas permitem cobrir áreas maiores.
Confira abaixo a lista de todas as companhias que concorrem no certame:
- Algar Telecom SA.
- Brasil Digital Telecomunicações LTDA.
- Brisanet Serviços de Telecomunicações S.A
- Cloud2U indústria e comércio de equipamentos eletrônicos LTDA
- Consórcio 5G Sul
- Fly Link LTDA
- Mega Net provedor de internet e comércio de informática LTDA
- Neko Serviços de Comunicações, Entretenimento e Educação LTDA
- NK 108 Empreendimentos e Participações S.A.
- Sercomtel Telecomunicações SA
- Telefônica Brasil SA
- TIM SA
- VDF Tecnologia da Informação LTDA.
- Winity II telecom LTDA
Leilão da faixa de 3,5 GHz
O primeiro lote (chamado B1), com a faixa de 3,5 GHz, a mais concorrida, foi vencido pela operadora Claro, que ofereceu R$ 338 milhões. A Tim ofereceu R$ 331 milhões e a Vivo R$ 321 milhões.
No segundo (B2), a vencedora foi a Vivo, por R$ 420 milhões. A Tim arrematou o terceiro (B3) por R$ 351 milhões.
Já o primeiro lote da faixa de 700 MHz, a quem tem maior cobertura no Brasil, ficou com a Winity II. A startup de São Paulo que trabalha com conexões sem fio entre máquinas para empresas ofereceu R$ 1,4 bilhão. Muito acima da NK (R$ 333 milhões) e da VDF (R$ 318 milhões).
O lote B4 e o primeiro lote C1, que também é da faixa de 3,5 GHz, mas de alcance regional, não receberam propostas. O segundo lote (C2), que abrange a cobertura na região Norte e o estado de São Paulo, ficou com a Sercomtel após a empresa apresentar uma contra-proposta de R$ 82 milhões.
O lote C4, que cobre municípios do Nordeste com menos de 30 mil habitantes, e o C5, que responde pelas cidades da região Centro-Oeste, foram arrematados pela Brisanet por R$ 9 milhões e R$ 105 milhões, respectivamente.
O próximo lote, o C6, referente a região Sul, foi arrematado pelo Consórcio 5G Sul por R$ 73,6 milhões. O C7, que se refere aos municípios com menos de 30 mil habitantes dos estados do RJ, ES e MG, ficou com a Cloud2You por R$ 405,1 milhões.
Por fim, o C8, que cobre o sul de Minas, parte do Mato Grosso e de São Paulo, foi arrematado pela Algar Telecom por R$ 2,35 milhões.
Após uma nova disputa com a Vivo e a Tim, o lote D33 foi arrematado pela Claro pela quantia de R$ 80,338 milhões, enquanto o bloco D34 ficou com a Tim por R$ 80,33 milhões e o D35 com a Vivo pelo mesmo valor.
Leilão da faixa de 2,3 GHz
O primeiro lote (E1) da faixa de 2,3 GHz, que visa otimizar a cobertura do 4G e distribuir o 5G no futuro, é referente à região Norte do Brasil. Apenas a Claro apresentou uma proposta e ficou com o lote por R$ 72 milhões.
Após um embate entre Claro e Vivo, a faixa de 2,3 GHz para o estado de São Paulo (lote E3) ficou novamente com a Claro por US$ 750 milhões. O E4, relativo à região Nordeste, foi arrematado pela Brisanet por R$ 111,3 milhões.
O lote E5, que cobre a região Centro-Oeste, ficou com a Claro após uma contra-proposta de R$ 150 milhões. Enquanto o E6, que diz respeito ao 4G para cidades sem a cobertura da tecnologia na região Sul, foi vendido para Claro após uma disputa acirrada com a Vivo por R$ 210 milhões.
No lote E7, Vivo e Tim disputaram a permissão de levar o 4G para cidades sem a cobertura da rede móvel no RJ, MG e ES. No fim, a Vivo levou o lote por R$ 176 milhões.
Nos lotes do tipo F, compostos por blocos de 40 MHz na faixa de 2,3 GHz, o lote F1 relativo à região Norte ficou com a Vivo, a única proponente, por R$ 29 milhões. As propostas do F2 não foram apresentadas na sessão de hoje.
O bloco F3, que cobre o Estado de São Paulo (exceto setor 33 do PGO), recebeu propostas da Vivo (R$ 200 milhões) e Tim (R$ 92 milhões). Com proposta final de R$ 231 milhões, a Vivo arrematou o lote.
O lote F4 não recebeu propostas, enquanto o F5, com prestação de internet móvel na região Centro-Oeste, recebeu apenas uma proposta da Vivo, que venceu o certame por R$ 30 milhões.
O lote F6, que corresponde a área de prestação na região Sul, recebeu propostas da Vivo (R$ 70 milhões) e Tim (R$ 61 milhões). A Tim arrematou o lote após aumentar a sua proposta para R$ 94,5 milhões.
O bloco F7, que prevê a oferta de rede móvel nos estados do RJ, MG e ES, recebeu propostas da Claro (R$ 126 milhões) e da Tim (R$ 82 milhões). Após quase uma hora de embate, a Tim levou o lote por R$ 450 milhões.
Por fim, o último lote do dia foi o F8, que contém o sinal 4G de 2,3 GHz destinado a regiões que ainda não têm acesso à rede móvel em partes de Minas Gerais, Mato Grosso, São Paulo e Goiás. No fim, a Algar Telecom levou a melhor sobre a Tim com sua oferta final de R$ 57 milhões.
Nesta sexta-feira (5), como previsto pela Anatel, será a última sessão do leilão do 5G com os lotes G, H, I e J. Você acompanha todo o desenrolar do certame aqui no Olhar Digital.
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