Popularização entre usuários e debates sobre regulação fazem com que a criptoeconomia ganhe força no país e no mundo
O ano de 2021 foi marcado pela modernização do Sistema Financeiro Nacional. Com o Pix representando 72% das transações realizadas por meios de pagamento no país, superando os tradicionais TED, DOC e boletos, e o open banking integrando todas as interfaces bancárias, a sociedade brasileira está se adaptando a um cenário cada vez mais digital. Mas, qual será o próximo passo? Para o especialista Rodrigo Soeiro, a resposta é única: a massificação das criptomoedas.
“As criptomoedas chegaram aos ouvidos de muito mais pessoas em 2021, estudos apontam um aumento de mais de 400% em volume transacionado. Com a pandemia e, por consequência, a vinda da inflação corroendo o poder de compra global, muitos viram na criptoeconomia um refúgio. Isso fez com que esta ganhasse força. E essa relevância impulsionou os debates sobre sua regulação tanto internacionalmente quanto aqui no Brasil”, define Rodrigo, que é fundador da Monnos (https://monnos.com), primeiro cryptobank do país.
“Os recordes de valorização do bitcoin, o advento dos NFTs (non fungible tokens), as finanças descentralizadas (DEFI), os metaversos e outras inovações que a criptoeconomia trará, deixam bem claro a dinâmica desse setor e seu potencial de valor agregado. A volatilidade se dá exatamente pela velocidade em inovar, mas aqueles que estão próximos conseguem participar e se adaptar. O importante é não estar distante”, complementa.
Para Rodrigo, as criptomoedas estão fazendo com que a população comece a se imaginar dentro de um cenário econômico que não teve acesso durante muitos anos. “Falar de criptoativos é falar da democratização do acesso à economia financeira, as pessoas quando investem em cripto começam a se ver como investidoras e repensam as suas formas de lidar com o dinheiro”.
Criptomoedas como meio de pagamento e avanço dos NFTs
Enquanto as criptomoedas se popularizam e os debates de regulação seguem com força, novas funcionalidades surgem, é o caso do Crypto as a Service (Caas).
“Como o seu nome sugere, a modalidade de Crypto as a Service se propõe a prover serviços via criptoeconomia para players em geral, podendo ser eles bancos, fintechs, outras exchanges, empresas do varejo etc. Um exemplo aplicado de Caas é a oferta de pagamento da 99 Taxi com cripto. Em pesquisa recente feita pela VISA, identificou-se que 50% das pessoas entrevistadas em países da América Latina gostariam de ter a opção de compra com pagamento em cripto. Ao meu ver, essa demanda aumentará em velocidade espantosa”, explica Rodrigo.
Outra tendência está ocorrendo com os tokens não-fungíveis, mais conhecidos pela sigla em inglês, NFTs, que são ativos cujo valor é subjetivo, como em obras de arte. “2021 trouxe uma nova dinâmica para esse setor, atraindo uma massa de novos consumidores de cripto que nem tinham interesse por criptoativos até o momento. É um novo mercado de colecionáveis que descentraliza ativos, envolvendo tanto arte, música, vídeos, produtos de consumo, uma gama de possibilidades ainda inimagináveis. A concretização de metaversos está se dando muito em função da aceitação dos NFTs, criou-se aí uma economia”.
A disrupção dos NFTs tem sido tão impactante novos nichos estão surgindo, entre eles o mercado de GameFi, também conhecido como Play 2 Earn. Como o nome em inglês sugere, é quando a pessoa joga o game e ganha também. Entre os destaques está o jogo Axie Infinity, onde os jogadores se entretêm e ganham criptomoedas enquanto jogam.
“Somente em outubro, o jogo bateu o recorde de usuários diários, chegando na casa de 2 milhões de pessoas. Há cidadãos de países emergentes que estão faturando mais do que o salário mínimo local, em regiões como Indonésia e Vietnã. E essa tendência já se mostra tão real que nomes tradicionais de games como Atari, Nintendo, Electronic Arts, Activision Blizzard (recém adquirida pela Microsoft) e Ubisoft estão se movimentando para não perderem espaço”, complementa o especialista.
Cripto já é a economia por trás dos metaversos
O termo metaverso ganhou os holofotes quando o Facebook anunciou a mudança de nome da sua empresa idealizadora para Meta, numa clara referência ao conceito, que significa o universo que vai além, uma conexão entre o mundo real e o virtual.
“Metaverso não consiste em um produto pronto e envelopado, mas um organismo vivo que está em evolução espantosa e que envolve várias iniciativas e tecnologias ao mesmo tempo. Movimentando economicamente tudo isso, temos a criptoeconomia, com destaque para os NFTs.”, destaca o especialista.
Apesar de muitos acreditarem que isso ainda irá ocorrer, Rodrigo alerta que já está ocorrendo, empresas como Nike e Adidas já estão posicionadas e comercializando produtos para avatares. Para Rodrigo, os limites de onde os metaversos poderão chegar dependerá dos empreendedores envolvidos e de suas iniciativas. “A oportunidade é gigantesca, estamos falando de um mercado de mais de 1 trilhão de dólares. E muitas possibilidades sequer foram mapeadas”.
“Quando idealizamos a Monnos, vimos a criptoeconomia como um caminho para a saúde financeira e, de certa forma, independência para as pessoas, por isso nossa missão é massificar cripto. Buscamos simplificar ao máximo as possibilidades a serem exploradas, facilitando o entendimento e consumo. Nosso público alvo é exatamente aquela pessoa que tem curiosidade, está disposta a testar, não quer ser um especialista, mas também não quer ficar distante”, conclui.
Sobre a Monnos
Primeiro cryptobank do Brasil, a Monnos já opera em mais de 118 países oferecendo mais de 90 criptoativos diferentes. Entre os seus serviços, além do cartão com cashback, a companhia também trabalha com pagamento de boletos, oferece uma rede social de investimentos e possui um agregador de notícias, para que a base de clientes esteja sempre ciente de tudo o que acontece com o mercado cripto. Atualmente, conta com mais de 35 mil usuários no Brasil e no mundo.
Thais Fernandes
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