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“O terço resgata os homens para dentro da Igreja”, diz membro do Terço dos Homens

ACI – O Santuário de Aparecida, em Aparecida (SP), recebe entre os dias 18 e 20 de fevereiro a 14ª Romaria Nacional do Terço dos Homens. O movimento que semanalmente reúne homens em todo o Brasil para rezar o terço é visto por seus membros como “um resgate” de muitas pessoas para a fé. Um desses ‘resgatados” é Wiliam Dias, de 44 anos, da arquidiocese de Belo Horizonte (MG). Ele se dizia incrédulo, até que sofreu um grave acidente e, em seguida, descobriu por meio do terço que seu lugar é “dentro da Igreja”.

O encontro do Terço dos Homens não só foi muito importante na minha vida, como também é na vida de muitos homens, porque ele resgata esses homens para dentro da igreja, tirando de tantas dificuldades. E, quando você se entrega ao Imaculado Coração de Maria, você entra em casa modificado, porque o terço resgata o homem”, disse em entrevista à ACI Digital.

Wiliam contou que, na juventude, chegou a participar de grupo de jovens na igreja. Mas, depois foi para o exército e, quando deixou o serviço militar, arrumou alguns trabalhos e também conviveu com pessoas que não acreditavam em Deus. “Passei a seguir outros caminhos e a perder a fé, a desacreditar nas pessoas, em Deus. Virei um homem incrédulo, sem esperança. Eu achava que tudo o que acontecia na minha vida, o culpado era Deus”, disse e recordou que chegou a culpar Deus por dois acidentes de carro que sofreu em 2005 e 2007.

Em 2014, Wiliam sofreu um acidente de moto em Belo Horizonte. Foi levado para o Hospital João XXIII e precisou passar por uma cirurgia de 11 horas. “No acidente, quebrei o fêmur e o joelho direito, tive edema nos dois tornozelos, trauma abdominal, trauma nos órgãos, o estomago deslocou, estourou o intestino delgado, cólon, intestino grosso, apêndice e o rim direito. Tive hemorragia interna”, contou. No hospital, teve anemia, embolia pulmonar, pneumonia e ficou 30 dias à base de morfina na veia, pois precisava se recuperar para depois poder operar o fêmur e o joelho. Foram dois meses e meio dentro do hospital. “Os médicos comentavam com meus pais e minha esposa que não tinham explicação para eu estar vivo”.

Depois do acidente, Wiliam ficou uma semana em coma, até que acordou em um domingo. “Quando acordei do coma, a primeira coisa que fiz foi pedir o terço sagrado da minha mãe. Naquele momento, acredito que Maria já tinha pedido ao Pai para me ressuscitar, porque ela já tinha me escolhido para ser um dos filhos dela a, junto com ela, montar o exército de Maria”, declarou. Dias lembrou ainda que, anos antes, em 2000, sua avó tinha lhe dado o terço dela. Na época, incrédulo, mas obediente, aceitou o presente e “jogou” o terço dentro de uma gaveta. “A minha avó tinha falado para eu guardar o terço porque ele seria muito útil na minha vida”.

Após ter alta hospitalar, Wiliam Dias ficou acamado em casa e teve que reaprender a andar, escovar os dentes, pentear os cabelos. “Eu só podia ver televisão. Então, minhas tias começaram a levar livros para eu ler”, disse. Foi então que começou a ler livros católicos e seu pai lhe ensinou a ler a Bíblia. Tempos depois, decidiu procurar um padre para se confessar.

Dias já tinha começado a rezar o terço quando ouviu falar sobre o Terço dos Homens. Perguntou ao padre do Santuário São Paulo da Cruz se conhecia o movimento e o sacerdote lhe indicou paróquias onde havia grupos que ele poderia frequentar. “Então, passei a frequentar para ver como era. Comecei a reparar que o terço dos homens era um exemplo de fé e devoção”, afirmou.

Um dia, cheguei para o padre do santuário e perguntei por que ali não tinha o terço dos homens. Ele me respondeu: ‘Porque aqui ninguém quer assumir o compromisso’. Eu falei: ‘Eu vou assumir e sou o coordenador’. Depois, cheguei em casa tremendo e falei para minha mãe que tinha assumido o compromisso mas nem sabia rezar terço direito. Ela me falou: ‘Foi o Espírito Santo que te conduziu’”.

Assim, há seis anos, Wiliam Dias iniciou o Terço dos Homens no Santuário São Paulo da Cruz, que coordena. Também está à frente do movimento na forania de mesmo nome, na arquidiocese de Belo Horizonte. “O terço é muito importante, porque resgata o ser Igreja. Quando você aprende a rezar o terço todos os dias, você muda, porque Nossa Senhora nos pede para rezar todos os dias, não só no seu grupo e no dia do seu encontro”.

Em 2017, ele participou pela primeira vez da Romaria ao Santuário de Aparecida. “Foi a primeira vez que fui à Casa da Mãe. Fiquei encantado, chorava em todos os lugares que passava”, recordou. “Lá em Aparecida, consegui entender que, quando você entra na igreja, Nossa Senhora está esperando na porta e diz: ‘meu filho, entre, seja bem-vindo, seu Pai está esperando no altar’”.

Para mais informações sobre a Romaria Nacional do terço dos Homens, pode acessar AQUI.

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