O Banco Central do Brasil emitiu as primeiras unidades do real digital, dando um passo importante na emissão de sua moeda digital, um movimento que vem ocorrendo em vários países e que deverá representar uma revolução nas finanças como as conhecemos ao redor do mundo.
Tecnicamente, o real digital será uma “stablecoins”, ou moeda de valor estável, valendo um real. Isso faz com que ele seja diferente de criptoativos como bitcoin ou ethereum, cujas cotações oscilam. Para disseminar essa nova modalidade, o BC criou o Laboratório de Inovações Financeiras Tecnológicas (LIFT), que foi um dos responsáveis pela implementação do PIX em novembro de 2020.
O real digital terá uma diferença muito importante em relação às transações existentes – Pix, cartões ou débitos automáticos – que necessitam de uma “autenticação” bancária, através de uma conta corrente ou conta-poupança em um banco, ou conta em uma instituição de pagamentos. Isso não valerá para a nova moeda. “O real digital ficará em ‘wallets’ e será transacionado entre elas”, diz Carolina Gladyer Rabelo, diretora da ABBC (Associação Brasileira de Bancos), entidade que reúne 115 instituições financeiras e de pagamentos, além de cooperativas de crédito.
Mesmo assim, as transações ainda trafegam pelo sistema financeiro. No caso do real digital, um usuário que tenha um celular com conexão à internet poderá receber recursos e fazer pagamentos sem ser cliente de um banco. “E há outras possibilidades, como por exemplo facilitar operações de câmbio entre o real e outras moedas digitais”, diz Euricion Soares Pinho, diretor de inovação da ABBC.
As informações são da revista Forbes.
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