Considerada “vilã” das provas, a Redação não deve ser temida se o estudante se preparar bem
Escrever é um ato necessário para todos, independentemente da idade ou da profissão. Mas é certo que colocar ideias no papel é um processo mais demorado do que o exigido para a comunicação oral, por exemplo. A escrita é uma das formas mais interessantes e eficientes de comunicação, já que, ao fazê-la, as pessoas têm mais tempo para ponderar antes de expor suas ideias e, assim, conseguem detalhar melhor o que pretendem expressar. No entanto, é fato que grande parte das pessoas têm dificuldade para escrever, seja por falta de prática, seja por desconhecimento de usos da linguagem mais adequada ou mesmo por carência de leitura ou preparo na educação básica. É por isso que, em tempos de vestibulares e Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), a prova de Redação torna-se decisiva para os estudantes.
Veja algumas dicas que a equipe do Colégio Bom Jesus preparou para os estudantes ficarem mais seguros e conseguirem um bom desempenho nas provas de Redação:
1 – A preparação para a escrita não acontece da noite para o dia
Pensando na produção específica de textos para processos seletivos, como vestibulares e Enem, é preciso considerar que o caminho da escrita deve acontecer ao longo dos anos de escolarização e que os estudantes precisam ser orientados sobre como melhorar suas condições de leitura, interpretação e produção de textos. “Invariavelmente, o processo passa por leitura de textos variados e por reprodução de estruturas de textos que já são determinadas pelas próprias bancas avaliadoras”, diz a coordenadora de Língua Portuguesa e Produção de Textos do Colégio Bom Jesus, Cleuza Cecato. Em relação a itens básicos, como ortografia, pontuação e escolha de vocabulário adequados, a professora explica que essas práticas devem ser um exercício constante e que é preciso desenvolver estratégias diferentes para obter melhores resultados.
2 – Focar em textos argumentativos (de opinião) e pesquisar notícias da atualidade
A professora do Colégio Bom Jesus Pedra Branca, de Palhoça (SC), Marici Mostranges Alves, lembra que entre os pré-requisitos para se obter uma boa nota na redação dos processos seletivos estão o hábito da leitura e a prática de produções textuais de tipo dissertativo-argumentativo, aquelas que apresentam a defesa de um ponto de vista por meio de argumentos. Para a professora, é necessário privilegiar a leitura de noticiários atuais, além de entrevistas e documentários de caráter social, para aprimorar o texto argumentativo e até percepções básicas, como ortografia. “Por meio desses hábitos, é possível melhorar o vocabulário e evitar o uso inadequado de vírgulas e crases no texto, por exemplo. Além disso, o candidato consegue reforçar seu poder de argumentação em defesa de um ponto de vista”, aconselha Marici.
3 – Buscar fontes seguras de informação
A professora Cleuza ressalta que é importante que os estudantes busquem informações com fontes seguras, pois muitos dos raciocínios de grandes veículos de comunicação e influenciadores de opinião podem servir como estratégias argumentativas em textos, independentemente do processo seletivo ou do tema. A professora Marici também recomenda aplicativos de informação e podcasts com temáticas atuais. “Todos sabemos que a internet é um grande meio de acesso a informações em tempo real; mas é preciso estar atento: a escolha de sites confiáveis faz com que o leitor filtre as notícias falsas, estando, assim, bem informado. O acompanhamento de aplicativos informativos e de podcasts que contenham temáticas atuais também contribui para um conhecimento mais completo sobre inúmeros assuntos”, diz Marici. A professora do Bom Jesus de Palhoça orienta o estudante a acompanhar as aulas com assiduidade e comprometimento, sempre tirando as dúvidas com os professores e fazendo bom proveito do tempo em que está na escola.
4 – Não basta entender da língua portuguesa
Segundo Marici, o conhecimento adquirido em outros componentes curriculares, como Biologia, Filosofia, História e Geografia, por exemplo, fará com que o texto se torne rico em repertórios culturais fundamentados em defesa da tese. “Não menos importante, a proposta de intervenção deve fechar a redação com chave de ouro. Para que essa parte do texto seja impactante, a criação de uma proposta detalhada, que aponte realmente todo o caminho para se resolver a problemática abordada, fará toda a diferença”, orienta.
5 – Organizar as ideias
Um dos erros mais comuns nas redações, segundo a professora Marici, é a falta de organização das ideias do texto. A construção de períodos longos e a falta de elementos coesivos são os grandes responsáveis por isso. “Se, ao terminar a leitura do texto, o corretor tiver de retornar para entender o que o candidato quis expor, será um sinal de que está desorganizado e, por isso, inconsistente”, alerta.
6 – Prestar atenção às regras gramaticais
Parece óbvio, mas além da falta de organização das ideias, a inadequação de regras de pontuação, concordância e ortografia também são responsáveis pela perda de pontuação na redação. “Por isso, a atenção à escrita deve ser redobrada, e a leitura precisa ser um hábito na rotina de estudos”, aponta Marici.
7 – Escrever, escrever, escrever
Concomitante à leitura, a prática da escrita torna-se essencial. Ao redigir, o estudante precisa colocar os estudos adquiridos ao longo do Ensino Médio à mostra. “O uso fortalecido de diferentes elementos coesivos e a organização das ideias de cada parágrafo fazem com que o texto fique bem engatilhado, formando uma estrutura consistente e de fácil entendimento”, comenta Marici.
8 – Ler as provas de anos anteriores
“Sobre o Enem especialmente, considerando que estamos já no semestre de realização da prova, é preciso ler textos com modelos anteriores, acessar e estudar as cartilhas do participante de concursos mais antigos e exercitar escrita e reescrita com paciência”, aconselha Cleuza.
9 – Refletir sobre o que pode “cair” na prova de Redação
Refletir um pouco sobre o que pode e o que não pode ser tema de uma redação é importante. Temáticas ambientais, socioculturais e comportamentais, como preconceito e desigualdade, foram as três abordagens mais comuns nas últimas provas do Enem e que, portanto, têm grandes chances. Tecnologia e educação financeira também são temas que estão em alta, segundo as professoras. “O fato de a proposta de redação do Enem pontuar situações de preconceito ou desigualdade bastante evidentes em nossa sociedade é uma maneira de fazer com que os estudantes de Ensino Médio se voltem para essas questões em um momento crucial de sua formação. Então, uma condição imprescindível para realizar uma boa prova é ler com cautela informações de atualidades ambientais, socioculturais e comportamentais, além de saber como o pensamento clássico pode nos ajudar a discutir e minimizar impactos relacionados a essas situações. Entender leis e seu hiato de aplicação é outra estratégia para a formação cidadã e a obtenção de boas argumentações no texto do Enem”, opina a professora Cleuza. Segundo ela, por mais que pareçam óbvios, os temas são relevantes. “Rememorando e parafraseando as ideias imortais de Nelson Rodrigues, o óbvio precisa ser dito, escrito e discutido, porque muitas vezes normalizar uma situação é negar a alguém cidadania”.
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Resultado de uma proposta pedagógica inovadora e que valoriza os ideais humanistas franciscanos, o Grupo Educacional Bom Jesus investe na formação integral e de qualidade, sendo reconhecido nacionalmente por sua excelência na Educação Infantil, Ensino Fundamental, Médio e Superior. Detentor das marcas Colégio Bom Jesus e FAE (FAE Centro Universitário e FAE Business School), o Grupo atua em cinco estados brasileiros, sendo fonte de credibilidade e pioneirismo na educação há mais de 125 anos.
O Colégio Bom Jesus oferece formação completa, da Educação Infantil ao Ensino Médio, com unidades localizadas nos estados de Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. A FAE Centro Universitário está presente nos estados do Paraná e Santa Catarina e conta com mais de 20 cursos de graduação. A FAE Business School oferece mais de 50 cursos de especialização lato sensu, programas de MBA, sendo um semi-internacional ou internacional, educação executiva e programas in company, com cursos direcionados e personalizados para empresas e executivos.
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