Podemos escrever a história de um período, a partir de relatos orais ou tendo como base documentação oficial e publicada em livros, jornais, editais, relatórios, etc. Um dos períodos históricos mais bem documentados é o da Colônia Militar Santa Teresa pois o Império do Brasil primava pela transparência e produziu milhares de documentos oficiais.
Toda a escrituração oficial da Colônia Militar Santa Teresa está arquivada e pode ser pesquisada. Documentos escritos pelo diretor da Colônia no acampamento no Trombudo e no alojamento na atual Catuíra, guardam informações importantíssimas.
Nada foi escondido, tudo foi relatado: os momentos bons e ruins, grandes acontecimentos ou períodos de dificuldades.
Parte deste acervo, referente aos primeiros anos da Colônia Militar, está em Joinville e o restante em Florianópolis. Necessitando catalogação e digitalização.
Além dessa documentação, estão registrados fatos sobre a Colônia Militar nas “Fallas do Presidente da Província de Santa Catarina” proferidas na Assembléia Legislativa do Estado, até 1890 e após esse período, “Mensagens do Governador de Santa Catarina na Assembléia”. Foram publicados também “Relatórios dos Presidentes dos Estados brasileiros”. Só nestes documentos são citados 25 vezes a situação da Colônia, com dados e fatos muito importantes para a nossa história.
Um dos arquivos mais importantes para se ter acesso a essa documentação é o site https://memoria.bn.br. São 1507 resultados quando a pesquisa é feita por “Colonia Militar” em Santa Catarina. Se a pesquisa for por “Colonia Militar Santa Thereza” os resultados são 337 em jornais e documentos de Santa Catarina e 113 menções em jornais do Rio de Janeiro.
A Mídia de outros Estados também mencionam a Colônia Militar, mas o resultado é irrelevante e pequeno, com poucos fatos diferentes.
Um arquivo histórico digital está sendo montado para guardar esse material. Convidamos o leitor a fazer uma visita: https://ahd.capitaldasnascentes.com.br/ Ali você encontrará o texto e a publicação, facilitando a sua pesquisa.
Diversas teses de conclusão de curso, doutorado e mestrado foram publicadas sobre a Colônia Militar Santa Teresa. A mais conhecida é do catarinense Adelson André Brüggemann “A sentinela isolada: o cotidiano da colônia militar de Santa Thereza (1854-1883)“.
Embora seja um trabalho excelente, o autor conclui que a Colônia Militar fora um fracasso, quando na verdade foi exatamente o contrário. Ele se deixou levar pelos relatórios dos diretores da colônia que, necessitando de verba para estradas e demais serviços em Santa Teresa, exagerava nos dados menos positivos para que as autoridades imperiais enviassem mais dinheiro.
A farta documentação sobre este período histórico é a 3ª razão para comemorarmos os 170 anos da Colônia Militar/Catuíra.
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