A útlima edição de 2022 do talk show A Voz do Mercado troxe uma retrospectiva do ano e projeções para 2023
2022 foi marcado por uma forte alta dos custos com insumos no setor agropecuário, principalmente pela elevação dos preços de defensivos e fertilizantes. O próximo ano será de desafios, tanto no ambiente interno quanto no cenário externo. O ano de 2022 está chegando ao fim e é chegada a hora de se fazer uma análise de como foi o ano e quais são as perspectivas para o próximo ano.
Pensando nisso, o último encontro do talk show A Voz do Mercado teve como tema Agro e Economia, com objetivo de realizar uma retrospectiva dos fatos relevantes de 2022 e projetar o ano de 2023.
Para debater o assunto, A Voz do Mercado contou com a presença de Guilherme Soria Bastos Filho, chefe da AEST Ministério da Agricultura, Rodrigo Albuquerque, médico veterinário pela USP e editor do blog e podcast “Notícias do Front”, e do economista Paulo Rabello de Castro, doutor em Economia pela Universidade de Chicago.
Conforme citado por Paulo Rabello, “embora o Banco Central americano e outros estejam em um modo de elevação, com juros reais negativos, agora precisam correr atrás de uma inflação indigesta, a qual o mercado lá fora não está acostumado. E aqui, estamos além da curva, com o Banco Central fazendo o que tem feito estes anos todos, perseguindo o nível da inflação, o que nos faz estar adiantada nesses ajustes, tendo em vista que nossa inflação está caindo“. Segundo o economista, “a perspectiva sobre a inflação corrente que era inicialmente de quase dois dígitos, hoje ronda a faixa de 5 a 6%. Isso trouxe reflexos importantes em termos de alívio temporário na capacidade de compras da população”, afirma Paulo Rabello.
Sobre as exportações, segundo Guilherme Soria Bastos Filho, “no Ministério, anunciamos um recorde nas exportações atingindo nos 11 primeiros meses de 148 bilhões de dólares. Um crescimento de 34% em relação ao ano passado. O agronegócio entra representando quase metade das exportações. O saldo do agro comercial ajudando a termos um superávit total na balança comercial. É um momento que a gente tem que celebrar.” O chefe da AEST Ministério da Agricultura também falou a respeito do Plano Safra, “conseguimos, com muita dificuldade, dentro das restrições fiscais e econômicas que tivemos este ano, liberar e destravar recursos para o Plano Safra. Não vemos nenhum alerta de trancar os recursos de Plano para o próximo ano“, comentou Guilherme Soria.
No aspécto da pecuária, Rodrigo Albuquerque salienta que “em 2017 a 2022 ficou cada vez mais em voga, em curso, a revolução financeira. Justamente quando tivemos grandes sobressaltos em preços, podendo listar desde a carne fraca, tivemos alguns eventos sequenciais da China não importando carne brasileira por curtos períodos, o impacto disso dentro do preço nacional é muito grande”. Sobre o próximo ano, o médio veterinário prevê melhora, “pra 2023 a gente vê uma leve recuperação, talvez flertando com preços mais atrativos na ponta final pensando num produto que tem elasticidade e renda como a carne. Em 2022, a gente viu o aumento da produção de carne, creio que para 2023 essa oferta está contratada. A demanda alta deve prosseguir“, diz Rodrigo Albuquerque.
O programa é mediado pela jornalista Suelen Farias e pelo consultor Ivan Wedekin.
A Voz do Mercado tem o apoio da Associação Brasileira do Agronegócio (ABAG), da Associação Brasileira das Indústrias de Tecnologia em Nutrição Vegetal (ABISOLO) e da Associação Nacional dos Distribuidores de Insumos Agrícolas e Veterinários (ANDAV).
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