Religião

JESUS

Ei-lo por entre a multidão amotinada, que não quer conhecer em Jesus o modelo de todas as virtudes.
Enorme era o caminho a percorrer, grande era o peso que conduzia sobre os seus debeis ombros – a Cruz, o símbolo de seus martirios.

Oh! mulheres de Jerusalém não chores por mim e sim pelo futuro dos teus” lhes disse o DIVINO MESTRE. Durante tão lugubre jornada cai Ele, mais uma vez sem forças, por terra.

Quanta humilhação! por quantas dores, por quantas aflições passou aquele coração, ele que só e somente palpitava pelo Bem! Aquelas mãos que tantas vezes acariciavam as candidas crianças e que, uma vez estendidas ao espaço, acenando-o, acalmara as tempestades, – elas estavam cadavéricas!

Aqueles meigos olhos, que descortinavam no amado dos corações todos os segredos, eles já não tinhão aquele fulgor de outrora!

Pálido, exanime, eis que na Rua da Amargura, ele encontra a Sua Santa Mãe. Ela, quasi desfalecida, mal pode reconhecer o filho querido, que há tempo procurava e Ele, o Filho estremecido, mal pode no meio de tantos sofrimentos, fitar a Sua Mãe idolatrada. Oh! quadro doloroso! Maria acompanha aquele trágico cortejo sem o direito de protestar… se a missão de Jesus era sofrer!

Ali não muito distante, oh! meio Nazareno, o Calvário vos contempla, ali, por entre milhares de corações dilacerados de dor se praticará o maior atentado de todos os tempos e povos – a Vossa Morte; porém, vosso Sangue libertará os pecados de todas as gerações, sendo ele a base da Religião do AMOR, do BEM, e da CARIDADE, a qual vós acariciastes e doutrinastes. Oh! Jesus!

Farias de Mendonça
O Dia: Orgão do Pertido Republicano Catarinense (SC) – Edição 00670 – pag. 2


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