Ciclone extratropical irá atuar entre quinta e sexta com previsão de chuva excessiva entre Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Saídas recentes dos modelos atmosféricos analisadas pela equipe da MetSul indicam cenário de perigo.
Nesse sentido a projeção de chuva acumulada nas próximas 72 horas do modelo de alta resolução, rodado pela Metsul, é uma das ferramentas que indica volumes enormes e preocupantes. As projeções são altíssimas considerando para o período curto de hoje até a sexta. Projeções de 200 a 300 mm entre o Sul de Santa Catarina e o Nordeste do Rio Grande do Sul. Volumes excessivos em poucas horas. Grande parte dessa chuva deverá ocorrer entre a tarde e a noite de quinta e primeira metade da sexta-feira.
O modelo WRF indica ainda volumes muito altos de chuva para o sudeste do Paraná ao redor de 100 mm. Nordeste de Santa Catarina com projeção de volumes entre 100 e 150mm até a sexta-feira.
Em outras áreas do Leste de Santa Catarina como de Alfredo Wagner até Palhoça, Tijucas e Garopaba. Na capital também há risco de chuva e vento forte com a passagem do ciclone.
O ciclone extratropical se aproxima muito da costa ao se deslocar de Norte para Sul em trajetória anômala e eleva o risco de eventos de chuva muito forte a torrencial. A expectativa é de que o período mais crítico seja ao longo da quinta-feira em cidades do Leste de Santa Catarina, notadamente na faixa litorânea e em partes da Serra do Mar.
Entre a tarde e a noite de quinta e madrugada/manhã de sexta-feira a chuva mais volumosa e extrema deverá se concentrar em municípios dos campos de cima da Serra no Rio Grande do Sul e Planalto sul catarinense em Santa Catarina. Atenção especial ainda para o litoral sul de SC e litoral Norte do RS.
Nesse período de quinta para a sexta entre a serra gaúcha e catarinense serão horas seguidas de chuva forte com volumes muito altos em pouco tempo. O risco de deslizamentos de encosta, enchimento de rios será muito alto e rápido. Inundações repentinas poderão ocorrer nessas áreas e com potencial de ser entre a noite e a madrugada.
No quadro abaixo os gráficos do modelo WRF com projeção de chuva para as 72 horas para as cidades que tem maior risco. Entre essas cidades tem a projeção de chuva para Morrinhos do Sul com 346 mm, Araranguá 351 mm, Torres 293 mm e Sombrio 292 mm. A MetSul adverte que o volume seria alto se fosse uma projeção mensal, porém é para as próximas 72 horas. Um cenário de grade perigo e risco de desastre nessas cidades e áreas próximas como Criciúma, Turvo, Rondinha, Terra de Areia, Cambará do Sul, Mampituba, Gramado e áreas adjacentes.
Posteriormente como resultado dessa chuva excessiva nessa região os rios, cujos afluentes nascem nessas áreas poderão ter elevação rápida na medida em que a água escoar. Potencial de grande risco para o rio Tainhas, rio do Sinos, rio Araranguá, rio Pelotinhas, rio Canoas, rio Tubarão entre outros da região.
Ao mesmo tempo as áreas urbanas têm algo risco de alagamentos por conta da chuva excessiva em poucas horas que deverá ocorrer entre a quinta e a sexta-feira.
Na região metropolitana de Porto Alegre o cenário de maior risco é para as cidades que ficam entre o Vale do Sinos e o Paranhana por conta da chuva forte nas cidades e também nos afluentes da bacia do rio do sinos. Os gráficos do modelo WRF indica volumes ao redor de 200 mm em Riozinho e 180 mm em Campo Bom.
Acima de tudo essa não é um projeção exclusiva do modelo WRF, outras ferramentas analisadas pela equipe da MetSul corroboram um cenário de grande de risco para Santa Catarina e Paraná. Comparando as soluções de diferentes modelos matemáticos até a sexta-feira observamos que todos indicam que a área de maior risco deverá ser entre o Nordeste gaúcho e Sul de Santa Catarina. Primordialmente o período desses grandes acumulados de precipitação será muito curto e, por isso, o risco de transtornos é ainda maior.
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