Deve começar no primeiro semestre de 2024 a construção das terceiras-faixas no trecho inicial da BR-282, entre Águas Mornas e Alfredo Wagner, na Grande Florianópolis, afirma o superintendente regional do DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), Alysson de Andrade.
A previsão foi aunciada durante uma reunião, nesta quata-feira (14), na Câmara para Assuntos de Transporte e Logística da Fiesc (Federação das Indústrias de Santa Catarina), para apresentar os planos do órgão federal para Santa Catarina em 2023.
Para a Fiesc, a demanda está prevista no projeto BR-282 + Segura e Eficiente, lançado pela entidade em 2021. O superintendente representou o ministro dos Transportes, José Renan Vasconcelos Calheiros Filho.
Andrade diz que que a licitação para a contratação do projeto das faixas adicionais na BR-282 será lançada em julho. Ele afirma, ainda, que as obras emergenciais realizadas por conta das fortes chuvas do início deste ano já contam com recuos para as terceiras-faixas. Elas devem ser finalizadas em até 30 dias.
Aumento no orçamento de 2023
Em relação à duplicação das BRs 470 e 280, Andrade revelou que há um importante aumento no orçamento de 2023 do DNIT catarinense. A partir dos R$ 938 milhões previstos inicialmente, foram obtidos com a administração federal do órgão recursos adicionais de R$ 482 milhões, totalizando R$ 1,42 bilhão para investimento em manutenção e ampliação das rodovias federais que cortam o estado.
O superintendente estima que o DNIT deve conseguir quitar as desapropriações para a duplicação BR-470 até o fim de 2024, além de manter o ritmo atual das obras nas duas rodovias.
Na ocasão, o deputado federal Pedro Uczai, vice-presidente da Frente Parlamentar em Defesa das Estradas e Rodovias, defendeu a previsibilidade orçamentária, eliminando a dependência de emendas parlamentares para a execução das obras.
O deputado se comprometeu a buscar, para cada um dos próximos quatro anos, a garantia orçamentária de ao menos o valor previsto inicialmente para 2023.
O presidente da Fiesc, Mario Cezar de Aguiar, destaca que o orçamento de 2023 apresentado na reunião mostra que há recursos para dar andamento a todas as obras rodoviárias estratégicas, como as BRs 280, 470, 163, 285, 282 e 158, além de recursos para a manutenção das estradas.
“Mas precisamos garantir e torcer para que os recursos previstos sejam aplicados e as obras sejam executadas”, aponta.
Aguiar salienta que já é preciso pensar no orçamento de 2024 e nos exercícios pós-2024. Para isso, é necessário ter um pacto entre o poder executivo federal (lei orçamentária), a bancada federal (emendas) e o DNIT (governança) para que se tenha previsibilidade nos recursos e a garantia de capacidade de execução de obras sem paralisações, além de abrir novas frentes de trabalho.
Para Egídio Antônio Martorano, executivo da Câmara para Assuntos de Transporte e Logística da Fiesc, se o DNIT chegar ao fim do ano com a execução de ao menos 80% do valor obtido, obras essenciais, como as duplicações da BRs 470 e 280, estarão em um ritmo “muito bom”.
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