Como ser uma mãe presente e ainda ser dona de seu próprio negócio

A mãe e empreendedora criativa Thalita Ortega dá dicas essenciais para cumprir com equilíbrio essas duas tarefas desafiadoras para toda mulher

Com a chegada da maternidade, muitas mães sofrem um verdadeiro dilema: como acompanhar o crescimento dos filhos e ainda gerar uma fonte de renda para a família. Equilibrar as duas tarefas é algo desafiador, mas possível de ser conquistado. Nesse cenário, ter um próprio negócio focado em artesanato pode ser uma ótima alternativa.

Isso porque a mulher consegue, em grande maioria, trabalhar dentro de sua própria casa e ter flexibilidade de horários, sem a necessidade também de fazer grandes investimentos iniciais. Esse é o caso da empreendedora Thalita Ortega, mãe de Benjamin, hoje com sete anos. “Empreendo desde os 15 anos de idade e sempre quis ser dona do meu próprio negócio. Com a maternidade, os motivos para empreender só cresceram: o desejo de ser dona do meu tempo, de ter liberdade geográfica, de poder me dedicar à minha família e à criação do meu filho”, destaca Thalita, que, após seu negócio de artesanato ter dado tão certo, hoje é também mentora de artesãs, ajudando mulheres a viverem de sua paixão assim como ela.

Existem diversos nichos de atuação para empreender no artesanato, tais como lembranças personalizadas, decorativos para o lar das mais diversas técnicas, acessórios de moda artesanais e por aí vai. Segundo Thalita Ortega, investir em um nicho de mercado é um dos caminhos mais assertivos e eficientes para uma artesã empreendedora conquistar seu espaço no mercado. “No mundo do empreendedorismo artesanal, ter um nicho de mercado específico é fundamental para se destacar, atrair clientes e alcançar o sucesso. Ao direcionar seus esforços para atender um público-alvo bem-definido, é possível criar produtos únicos e sob medida, estabelecer sua expertise e construir relacionamentos duradouros com seus clientes”, ensina.

Desafios e superações

Com a devida organização do tempo, é possível conciliar as demandas do trabalho e a atenção para o filho. Entre as demandas do próprio negócio, Thalita, por exemplo, consegue buscar o filho na escola, levá-lo ao médico, quando necessário, e estar ali, bem ao lado do pequeno, para educá-lo e dar suporte sempre que necessário. “O empreendedorismo materno é uma jornada única, na qual nós, mulheres, conciliamos a maternidade com a construção do nosso negócio. Embora seja uma oportunidade empoderadora, essa empreitada também apresenta desafios exclusivos”, pondera Thalita.

Uma das principais dificuldades enfrentadas pelas empreendedoras mães é conciliar as responsabilidades da maternidade com as demandas do negócio. Gerenciar o tempo de maneira eficiente, estabelecendo limites claros entre trabalho e vida pessoal, é crucial para uma rotina harmoniosa e produtiva. “Buscar apoio da família, amigos ou redes de apoio são estratégias essenciais para encontrar um equilíbrio saudável. Cuidar da própria saúde e bem-estar também são fundamentais para preservar a energia e maximizar o tempo disponível”, aconselha.

Dicas de ouro:

• o artesanato oferece uma maneira única para transformar sua paixão em uma carreira empreendedora gratificante;
• ao identificar a demanda no mercado, desenvolva habilidades, defina a sua identidade, construa uma presença online, estabeleça parcerias estratégicas e cultive relacionamentos com os clientes;
• acredite em seu potencial criativo, seja perseverante e busque constantemente aprimorar suas habilidades;
• o empreendedorismo artesanal não é apenas um caminho para o sucesso financeiro, mas também uma oportunidade de criar produtos únicos, impactar positivamente as pessoas e encontrar satisfação pessoal na jornada empreendedora.

“Apesar dos constantes desafios, foi empreendendo que consegui priorizar o que é mais importante na minha vida: a minha família, além de escolher trabalhar com o que realmente amo e com que me traz realização profissional”, conclui Thalita Ortega.

Aline Ribeiro