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Cirurgia plástica influenciada por comentários maldosos, principalmente pela internet: até quando vamos aceitar?

É grande o número de pessoas que buscam um procedimento, não para melhorar sua autoestima, mas porque estão cansadas do bullying

A atriz e campeã do BBB 18, Gleici Damasceno, revelou recentemente em entrevista que fez rinoplastia, plástica para modificar a aparência do nariz, motivada por um comentário maldoso que recebeu pela internet.

O fato é muito mais comum e influencia muito mais decisões para realizar uma cirurgia plástica do que se pode imaginar. A médica Patrícia Marques, especialista em frontoplastia – cirurgia de redução de testa – com quase 700 procedimentos realizados, conta que muitas pessoas chegam ao consultório traumatizadas, tanto pelo que ouviram de chacotas na infância, quanto pelo desconforto atual em prender o cabelo, molhá-los, evitando mar ou piscina, e até mesmo vento no rosto. “Sim, este é um problema comum, recorrente e precisamos falar sobre ele. É completamente possível deixar este incômodo para trás, mas isso só deve ser feito quando o próprio caminho é respeitado, quando as decisões são conscientes e baseadas no amor próprio”, diz. 

Segundo o Google Trends, o termo “frontoplastia preço” cresceu na busca mais de 90% nos últimos 90 dias em relação ao período anterior. Na era das selfies e das videoconferências, outras cirurgias que a procura cresce a cada ano são a rinoplastia e a otoplastia (para suavizar o nariz e as orelhas). 

A especialista conta que outro fato comum no consultório é a falta de apoio que esses pacientes recebem de amigos e familiares, pois quando decidem colocar prótese de silicone ou fazer uma lipoaspiração, por exemplo, eles até ouvem que não precisam, que já são bonitos, mas ninguém se posiciona contra. Agora, quando se trata de uma frontoplastia, os conselhos se tornam mais severos, a família é contra de uma maneira muito mais contundente. “Essas pessoas sofrem duplamente, primeiro com o que ouvem a vida inteira e depois por essa falta de apoio quando decidem mudar. Talvez seja falta de informação, é verdade, mas esse acolhimento faz muita falta”, revela Marques.

A especialista reforça que a decisão de fazer uma cirurgia plástica não deve se basear no que os outros dizem, muitos menos no que fazem ou para copiar ou agradar alguém. Todo procedimento cirúrgico envolve riscos como o de infecção, sangramento, abertura de pontos, acúmulo de líquido, alergias e irritações cutâneas. A insatisfação com a aparência pode afetar significativamente a autoestima e a qualidade de vida de uma pessoa mas, para algumas, a redução da testa, a “correção” do nariz ou das orelhas não são suficientes porque a harmonia física e a emocional caminham juntas. “É preciso cuidar da parte interna tanto quanto da externa. Por isso que eu ofereço acompanhamento psicológico aos meus pacientes, porque o apoio emocional e o cuidado com a saúde mental são fundamentais para que o resultado da cirurgia seja ainda mais satisfatório e duradouro”, finaliza a médica.

Sobre a especialista: Patrícia Marques é graduada pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, é membro especialista da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e tem especializações em reconstrução de mama e da face no Hospital de la Santa Creu i Sant Pau, em Barcelona, e no Memorial Sloan Kettering Cancer Center, em NY, EUA. É referência nacional em frontoplastia e redução de testa e já transformou a vida de mais de 650 pessoas através das cirurgias realizadas. CRM-SP 146410. Também é tricologista, especialista em medicina capilar. 

Instagram: @dra_patricia_marques

Site: https://www.drapatriciamarques.com.br/


Máxima Assessoria de Imprensa
Erika Ricci
Assessora de imprensa


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