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Especialista aponta iluminação sensorial como tendência na arquitetura

Especialista aponta iluminação sensorial como tendência na arquitetura

Na busca constante por melhorar a qualidade dos ambientes que habitamos, a iluminação sensorial surge como uma ferramenta poderosa que tem impulsionado uma mudança no mundo da arquitetura e design de interiores. Essa tendência, que une ciência, tecnologia e arte, está redefinindo a forma como interagimos com espaços, estimulando os sentidos e elevando a qualidade de nossas experiências.

De acordo com a arquiteta especialista em iluminação, Nicole Gomes, a influência da iluminação sensorial é vasta e pode ser aplicada em uma variedade de ambientes. “Absolutamente todos os espaços podem se beneficiar desse tipo de iluminação, desde que seja usada da forma certa”, afirma. No entanto, ela ressalta a importância de ter uma intenção clara ao projetar a iluminação, considerando a sensação e atmosfera desejadas.

MR18 Arquitetura. Foto: Mariana Orsi

“Quando falamos de iluminação sensorial, estamos falando de sensações no ambiente”, observa Nicole. Ela destaca que o principal objetivo desse tipo de iluminação é criar climas e ativar sensações nas pessoas que frequentam esses espaços.

Além disso, a arquiteta também revela as tecnologias emergentes na área de iluminação sensorial, com destaque para o uso do LED e das soluções Smart. Essas tecnologias permitem o controle preciso da iluminação por meio da variação da intensidade e tonalidade da luz. A escolha da temperatura de cor, seja quente, fria ou neutra, desempenha um papel crucial na criação das sensações desejadas.

Arquiteta Duda Sena. Foto: Mariana Orsi

Arquiteta Duda Sena. Foto: Mariana Orsi

Nicole enfatiza que a iluminação tem impacto profundo no emocional e no bem-estar das pessoas. Quando estamos em um ambiente agradável e confortável, liberamos dopamina, o hormônio do prazer e do bem-estar. Por outro lado, ambientes desconfortáveis, como aqueles com luz excessivamente intensa, por exemplo, podem causar ansiedade e irritabilidade, ativando o cortisol, o hormônio do estresse.

A pesquisadora Loretta Breuning, autora do livro “Hábitos de um Cérebro Feliz,” explica que “quando o seu cérebro libera uma dessas substâncias químicas, você experimenta uma sensação de bem-estar.” A conexão entre os temas ganhou destaque durante a pandemia, acelerando o debate sobre a iluminação integrativa e seu impacto na saúde. “A arquitetura é feita para pessoas, e a iluminação deve estar de acordo com isso”, enfatiza Nicole.

Arandela Gras por Felipe Mazzochi. Foto: Guilherme Jordani

Olhando para o futuro, a especialista prevê desafios significativos para os profissionais da área, especialmente arquitetos e designers. Com a crescente adoção da tecnologia LED, aqueles que não a atualizarem podem ficar para trás. Com isso, ela destaca a importância de incluir a iluminação como uma disciplina obrigatória nos cursos de arquitetura e design.


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Gabriel Teixera


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