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Dores crônicas nos joelhos: problema pode atingir mulheres na fase da menopausa

Dores acentuadas, sensação de desconforto a até limitação de movimentos podem sinalizar sérios problemas nos joelhos. Normalmente, essas dores podem ser agudas (de curta duração) ou crônicas (persistente ao longo do tempo) e podem ser desencadeadas por diversos fatores dentre os quais, distensões, fraturas, excesso de atividade física, obesidade, doenças inflamatórias tais como artrite e bursite, entre outros.

Há também outras condições que podem levar a dores no joelho, a exemplo do desgaste anormal das cartilagens quando os joelhos têm algum grau de desalinhamento entre a coxa e a perna (joelho varo ou joelho valgo) ou “desencaixe das patelas”, condições estas bastante frequentes que podem ser agravadas, principalmente, na academia, alerta o Dr. Lafayette Lage, médico ortopedista, especialista em medicina esportiva.

Segundo o especialista, o velho ditado “ninguém é perfeito” se encaixa muito bem na medicina esportiva e os frequentadores de academia recorrem ao ortopedista se queixando de dores que antes não existiam e passam a surgir depois que iniciam os treinos repetitivos na academia.  Nestes casos, as dores podem variar em intensidade e duração a depender de cada quadro clínico podendo afetar as mulheres na menopausa de forma significativa.

Dores, rigidez e inchaço ao redor das articulações são sintomas comuns de dores na menopausa. À medida que a mulher se aproxima da menopausa, seu corpo passa por mudanças hormonais drásticas que podem afetá-la de várias maneiras, principalmente, nas articulações. A menopausa representa uma transição significativa na vida da mulher, e o rápido declínio dos hormônios sexuais circulantes – estrogênio e progesterona, pode levar a alterações fisiológicas complexas. Quedas nos níveis hormonais podem explicar parcialmente o aumento na prevalência de osteoartrite (inflamação das articulações).

Existem receptores de estrogênio nas articulações. Esse hormônio age como um “protetor”, prevenindo que as articulações se inflamem. Ao passo que os níveis de estrogênio diminuem durante a perimenopausa  (o primeiro estágio da menopausa), as articulações podem inchar e ficar doloridas o que pode afetar a qualidade da cartilagem e causar, por exemplo, a osteoartrose (processo degenerativo das articulações). Outros efeitos secundários desse déficit hormonal seria a queda da densidade óssea facilitando o surgimento da osteopenia inicialmente e, posteriormente, a osteoporose.

Tratamento e prevenção

Tanto a prevenção quanto o tratamento indicado para amenizar as dores no joelho envolvem uma rotina de disciplina e promoção da qualidade de vida. 

Entre as principais recomendações estão:

Exercícios de fortalecimento muscular: inclui prática de atividades físicas que fortaleçam os músculos ao redor do joelho com o objetivo de estabilizar a articulação.

Manutenção do peso: evitar a obesidade é fundamental para reduzir a carga nas articulações, principalmente nos joelhos.

Suplementação de cálcio e vitamina D: o consumo diário de leite e derivados em boas quantidades pode ser o suficiente, porém, a suplementação de cálcio e vitamina D pode ser necessária nos indivíduos que não ingerem os alimentos ricos nessas substâncias. É muito importante lembrar de tomar sol pelo menos 15 minutos por dia. A luz solar estimula a fabricação de vitamina D pela pele. 

Gestão do estresse: o estresse pode contribuir de forma potencial para dores nas articulações. Práticas como meditação, yoga, tai chi entre outras atividades, podem ser benéficas na diminuição do estresse sendo ótimas para as articulações em geral.

Atividades de baixo impacto: optar por atividades de baixo impacto como as já citadas no item anterior e tentar associar com natação ou ciclismo. As caminhadas são aconselháveis para as pessoas que não possuem nenhum desvio em varo ou valgo dos joelhos. Se for caminhar em subidas e descidas as patelas precisam estar bem alinhadas. A cartilagem não tem inervação e não dói. Não espere ela doer. Faça uma avaliação médica antes.  

Medicamento e tratamentos específicos: em alguns casos é necessário introduzir medicamentos para aliviar a dor, geralmente de uso temporário para diminuir o processo inflamatório inicial. O uso crônico de certas drogas analgésicas pode causar dependência química e o uso contínuo de anti-inflamatórios podem desencadear uma insuficiência renal importante podendo até perder um ou os dois rins, aumento da pressão arterial, além de causarem danos no estômago e fígado.

É importante identificar a causa específica das dores nos joelhos em mulheres na fase da menopausa e buscar a orientação de um profissional da área da saúde. O médico deve obter uma história detalhada do paciente, realizar um exame físico completo e, quando necessário, exames de imagem podem ser necessários para obter o diagnóstico mais preciso. O tratamento pode envolver medidas como fisioterapia, medicamentos, mudanças no estilo de vida e, em algumas situações, procedimentos cirúrgicos.

Sobre o Dr. Lafayette Lage, médico ortopedista, especialista em medicina esportiva, cirurgia de quadril e joelho, pioneiro em artroscopia do quadril no Brasil em 1993 e em cirurgia de quadril com prótese de Resurfacing (recobrimento da cabeça do fêmur). CRM. 49889

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Patwork Assessoria de Comunicação

Sheila Santos
redacao@patwork.com.br


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