Recentemente, o coletivo Autistas alviverdes, em parceria com a W Torre, inaugurou uma sala sensorial especial para torcedores autistas acompanharem os jogos do Palmeiras no Allianz Parque.
O diferencial do local é a acústica, que é totalmente diferente do resto do estádio, tudo pensado para entregar uma experiência mais inclusiva e confortável para os torcedores autistas do Verdão. Além disso, o espaço também poderá ser utilizado durante outros eventos do local, como shows.
Bárbara Luise, psicopedagoga e diretora da torcida Autistas Alviverdes, falou sobre a importância deste espaço: “Para muitas pessoas Autistas, a experiência em ambientes com muitos estímulos, sejam eles sonoros, visuais ou outros, pode ser extremamente desconfortável, gerando a possibilidade do que chamamos de desorganização ou crise, tornando difícil a concentração e aproveitamento do evento que está acontecendo naquele momento. A sala sensorial oferece um refúgio tranquilo, equipado com estímulos controlados, proporcionando um espaço seguro onde os autistas podem se regular e participar do evento de uma maneira mais acessível e confortável”, afirmou.
A sala sensorial tem acesso livre a quem precisar durante os jogos. Para utilizar o espaço, os visitantes devem informar a situação a um representante da segurança, a fim de receber o direcionamento e acesso ao local.
A advogada Andressa Oliveira, especializada em direito dos autistas, comentou sobre a iniciativa: “A pessoa com TEA (Transtorno do Espectro Autista) tem direito a inclusão independentemente do local, seja em escolas, no trabalho, mas também na comunidade em geral.
A inclusão faz parte do dia a dia, vez que o importante é fazer com que as pessoas com diagnóstico de autismo tenham mais autonomia e se sintam bem naquele ambiente que frequentam”.
“O Palmeiras ao inaugurar uma sala sensorial fez com que as pessoas autistas pudessem ser inseridas naquele meio e ainda, por ser um time de repercussão, faz com que mais pessoas, instituições e empresas em geral possam promover a conscientização sobre o autismo e a importância da inclusão; fornecer treinamento para prestadores de serviços e outras pessoas que possam interagir com indivíduos com autismo; e criar oportunidades para interação das pessoas, como eventos e grupos de apoio”, afirmou a profissional.
Por fim, ela frisa: “Uma sala sensorial tem a finalidade de reduzir os estímulos externos para que elas possam participar dos jogos, shows e todas as atividades que serão propostas naquele local, sem afetar ou descompensar por algum fator externo. E isso é inclusão!”.
Quem é Andressa Oliveira?
Advogada, graduada pela Faculdade Municipal de Direito de Franca e pela Universidade de Coimbra, Portugal. Pós graduada em Direito Previdenciário e Pós graduada em Direito à Saúde com especialização em Direitos dos Autistas e PCD; Professora de Pós graduação e cursos jurídicos.
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