O Rio Guaíba já ultrapassou a marca dos 5 metros e assim superou a marca da enchente de 1941. Ao compararmos com os eventos ocorridos há 83 anos, fica claro que a natureza novamente apresentou desafios para a capital gaúcha.
Em abril e maio de 1941, uma série de 24 dias consecutivos de chuva resultou em um aumento no volume da água, atingindo 4,76 metros no rio Guaíba. Na época, a cidade enfrentou inundações, com o centro da cidade submerso e os barcos se tornando o principal meio de transporte. Bairros como Centro, Navegantes, Passo D’Areia, Menino Deus e Azenha foram severamente afetados.
Comparando as duas enchentes, os números atuais mostram uma escala ainda mais devastadora. A enchente de 2024 já resultou em mais de 50 mortes no estado e deixou mais de 42.000 pessoas deslocadas. Dentre essas, 9.581 encontraram abrigo em centros de acolhimento, enquanto outras 32.640 estão hospedadas temporariamente com familiares ou amigos. A extensão do desastre é assustadora, com 300 dos 496 municípios do estado relatando algum tipo de problema e mais de 422.000 pessoas afetadas.
Em 1941 a cidade de Porto Alegre foi uma das mais atingidas devido à sua localização às margens do Guaíba. Foram mais 15 mil pessoas desabrigadas, afetando diretamente 70 mil habitantes em uma época em que a capital tinha aproximadamente 272 mil residentes. Um terço das indústrias e do comércio foram inundados, paralisando a vida econômica da região.
Vale ressaltar que, apesar dos avanços tecnológicos e dos esforços em infraestrutura e prevenção de desastres ao longo das décadas, eventos como enchentes ainda representam uma ameaça. A tragédia de 2024 serve como um lembrete doloroso da vulnerabilidade e da importância contínua de investimentos em medidas de mitigação de riscos e adaptação às mudanças climáticas.
Ao longo dos anos, o Rio Guaíba testemunhou uma série de enchentes que deixaram sua marca na história da região. Desde 1873 até os dias atuais, esses eventos foram marcados por picos de aumento no nível da água. Em 1941, a enchente alcançou de 4m76 , estabelecendo-se como uma das mais graves já registradas até então. No entanto, ao longo das décadas seguintes, outros momentos críticos ocorreram, como em 2023, que em novembro registrou 3m46., E, mais recentemente, em maio de 2024, onde vivenciamos a superação dos números.
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