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Governo chines anuncia intervenção no mercado imobiliário, que derrete

A China divulgou nesta madrugada que as vendas de novos imóveis tombaram 31,1% entre janeiro e abril, quando comparadas com o mesmo período de 2023. É pior do que os -30,7% dos três primeiros meses do ano.

Trata-se de um dado catastrófico para um país cuja expansão da economia foi por anos calcada no setor de construção. Não só isso: é um sintoma de que a atividade do país está comprometida em mais dimensões. Não é de hoje que o setor imobiliário está abalado, e a quebra da construtora Evergrande já havia acendido todos os alertas vermelhos. Ainda assim, o governo chinês vinha resistindo em apoiar o segmento.

Mas, após a divulgação dos dados nesta sexta, o regime de Xi Jinping decidiu atuar. O pacote de medidas inclui a redução do valor de entrada para a compra de imóveis e taxas de juros menores. Mas talvez a medida mais substancial seja a ordem para que governos locais comprem moradias encalhadas e ofereçam à população.

Com o anúncio, as ações chinesas saltaram mais de 1% na madrugada. O minério de ferro, cuja demanda depende do setor de construção, saltou mais de 2%.

A notícia impulsiona os papéis da Vale no pré-mercado em Nova York. Alta é de quase 1%. Outras mineradoras e siderúrgicas do país devem se beneficiar também, indicando uma possível alta para o Ibovespa.

Outra notícia positiva para as ações brasileiras é que a Petrobras, após dois pregões de baixa causada pela intervenção no comando da estatal, avança no pré-mercado em NY. A sangria parece ter estacado, ao menos por enquanto.

O noticiário doméstico fecha a semana sem grandes emoções. O destaque é a divulgação dos dados de desemprego no país, logo mais às 9h.

Nos EUA, os futuros dos principais índices de Wall Street operam perto da estabilidade após dois dias de muita euforia com dados mais amenos de inflação e emprego. Ainda assim, as falas de dirigentes do Fed (e foram muitas nos últimos dias) ainda apontam para juros altos por muito tempo.

Falando em inflação, a Zona do Euro divulgou que os preços na região fecharam abril em 2,4%, estável em relação aos 12 meses encerrados em março e em linha com as expectativas dos economistas. O dado indica que o Banco Central Europeu poderá seguir adiante em seu plano de corte de juros na reunião de junho. Ainda assim, por lá as ações amanheceram a sexta no negativo.

Fonte: Newsletter da Veja Economia


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