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Confira como funcionam os canais de importação e saiba como não cair no canal vermelho

CEO da Logcomex explica processos de parametrização e dá dicas para o empresário evitar dor de cabeça

O processo de importação funciona por meio de canais de parametrização. É a partir deles que a Receita Federal Brasileira analisa as mercadorias de forma criteriosa. O serviço é feito por meio de sistemas digitais, que classificam cada produto a partir de critérios específicos, e a classificação feita pela RFB vem através do registro de Declaração de Importação (DI) ou Declaração Única de Exportação (DU-E). A partir de origem, valor, quantidade, entre outros pontos é determinado para qual canal a mercadoria será entregue.

De acordo com Helmuth Hofstatter, CEO e fundador da Logcomex, empresa que oferece tecnologia para o comércio exterior por meio de uma plataforma completa end-to-end, ajudando gestores a planejar, monitorar e automatizar o seu supply chain, é importante que o importador entenda como os canais de parametrização estão divididos. “O canal verde é considerado um alívio pelos importadores e o canal cinza um dos mais temidos, assim como o vermelho, que pode gerar uma grande dor de cabeça”, explica. 

Segundo Hofstatter, no canal verde, o produto passa direto para o desembaraço, dispensando o exame documental e a verificação física. Já o canal amarelo envolve a conferência documental dos itens. “Não havendo nenhum problema e o fiscal julgar desnecessário, dispensa-se a verificação física”, afirma.

Já no canal vermelho os documentos são conferidos e é feita a vistoria física da carga. São analisados pesos, quantidades, especificações e classificação fiscal, e a fiscalização costuma comparar o que está descrito no documento com a carga física. Como é preciso abrir as mercadorias, atrasos podem ocorrer. “O canal vermelho tem um papel fundamental na fiscalização, pois através dele a Receita faz uma verificação cuidadosa das mercadorias e não permite que produtos que ofereçam riscos  à saúde, meio ambiente ou até mesmo à economia entrem no país, além de combater a fraude. O problema é que  devido à vistoria e às eventuais multas alfandegárias, este canal costuma ter maiores custos de armazenagem no terminal”, diz o CEO da Logcomex.

Finalmente, quando as mercadorias caem no canal cinza, significa que a RFB constatou algum indício de irregularidade ou fraude. “Em geral, a suspeita é de subfaturamento dos produtos declarados. Por isso, a avaliação dos documentos e carga física passam para um regime especial, que pode chegar até 90 dias. Sendo que pode haver prorrogação de mais 90 dias”, explica o executivo.

E como diminuir os riscos de cair no canal vermelho? Segundo Hofstatter, o importador precisa ter toda a documentação em ordem. “Mesmo assim, é possível que a carga acabe caindo neste canal. Por isso, trabalhe com antecedência, pensando que imprevistos podem acontecer, mas não devem afetar a importação. Afinal, a aleatoriedade também pode pesar e contribuir para que a mercadoria parametrize em vermelho”, afirma. 

O CEO da Logcomex explica que a inspeção física da carga também é necessária, pois envolve abrir os volumes ou contêineres para verificação detalhada das características. “Um facilitador é um agente de cargas, que pode evitar o desgaste, perda de tempo e falta de documentos. Sobretudo considerando a quantidade de exigências e pontos necessários a seguir para evitar problemas com a RFB”, orienta.

Sobre a Logcomex

Criada em 2016, a Logcomex desenvolve soluções de tecnologia e oferece uma plataforma que auxilia as empresas no planejamento, monitoramento e automatização do supply chain global. A maior startup de comércio exterior do Brasil conta com aproximadamente 300 colaboradores, e está presente em mais de 11 países espalhados por cinco continentes.

A empresa oferece soluções como visibilidade em tempo real, eficiência na gestão de ponta a ponta da operação e informações estratégicas para negócios que atuam no comércio exterior. Para saber mais, acesse o site.  

Sobre Helmuth Hofstatter

Empreendedor Endeavor, co-fundador e CEO da Logcomex, estudou administração e comércio internacional, possui mais de 20 anos de experiência no segmento de logística internacional, tecnologia e comércio exterior. É especialista em gestão de produtos e apaixonado por desenvolver soluções voltadas ao universo do comércio exterior. Desde 2016 lidera a empresa e é diretamente responsável pelos times de Tecnologia.

Lara Comunicação

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