A parceria Brasil/China começou em pleno regime militar, durante o ano de 1974 e hoje SC reforça laços com a China, atingindo US$ 28,8 bilhões em importações
Santa Catarina se consolida como um dos principais estados importadores do Brasil, com um volume significativo de produtos provenientes da China, seu maior parceiro comercial. Em 2023, o estado registrou um total de US$ 28,8 bilhões em importações, sendo US$ 11,722 bilhões oriundos da China, marcando um aumento de 1,99% em relação ao ano anterior.
Neste ano, Brasil e China celebram 50 anos de relações comerciais, destacando meio século de intercâmbio econômico que tem gerado benefícios mútuos. Ao longo desse período, a China se firmou como o principal parceiro comercial do Brasil.
Chaiana Jacques, especialista e Head Comercial da IDB do Brasil Trading, que recentemente participou de uma missão comercial ao país asiático, enfatiza que essa longa parceria tem proporcionado inúmeros aprendizados e permitiu a análise das melhores práticas no comércio exterior.
“Nossa visita à China teve como foco identificar oportunidades futuras para a IDB, especialmente em outsourcing para atender nossos clientes e no desenvolvimento de produtos internacionais a serem representados no Brasil. Além disso, o encontro ampliou nossa compreensão sobre a cultura e os fatores que influenciam a relação comercial entre as duas nações”, afirmou Chaiana.
Os produtos chineses representam 40,7% das importações de Santa Catarina, com destaque para os eletrodomésticos de cozinha, que registraram um crescimento expressivo de 56,9%. A relação bilateral entre Brasil e China é uma via de mão dupla: enquanto o Brasil aproveita o vasto mercado consumidor chinês para suas commodities, a demanda da China impulsiona o agronegócio e a indústria extrativa no Brasil, gerando empregos e crescimento econômico.
A troca de conhecimentos tecnológicos é outro ponto forte dessa parceria, permitindo que os dois países colaborem em áreas como inteligência artificial, energias renováveis e infraestrutura.
A especialista Chaiana Jacques reforça a importância de uma maior integração entre as cadeias produtivas dos dois países, promovendo joint ventures e parcerias estratégicas. Investir em missões comerciais pode facilitar o acesso a novos mercados e reduzir barreiras comerciais.
A digitalização dos processos de comércio exterior, incluindo o uso de blockchain para garantir a transparência e segurança das transações, também é uma tendência que pode beneficiar tanto o Brasil quanto a China. Fortalecer acordos bilaterais e multilaterais é fundamental para criar um ambiente de negócios mais estável e previsível.
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