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TRUMP X KAMALA HARRIS: 1° debate revela impactos econômicos para o Brasil

“A vitória de um Democrata, como Kamala Harris, poderia trazer uma abordagem mais cooperativa e multilateral nas relações internacionais, possivelmente fortalecendo as parcerias comerciais e ambientais com o Brasil”, diz Sidney Lima, Analista CNPI da Ouro Preto Investimentos

“A expectativa para o debate de hoje está altíssima, pois será o primeiro confronto entre Trump e Kamala Harris. Este debate pode ser decisivo na definição de quem será o candidato forte para as próximas eleições. Vale lembrar que, no último debate entre Trump e Biden, ficou claro a fraqueza de Biden e o crescimento de Trump, tanto durante o debate quanto em termos de popularidade subsequente. Esse desempenho de Trump contribuiu para a desistência de Biden da corrida eleitoral. O debate de hoje será crucial para o mercado avaliar quem está em uma posição mais forte. A partir deste debate, as pesquisas devem se tornar mais relevantes e intensas, marcando o início efetivo da corrida eleitoral americana. Ambos os candidatos prometem estimular o crescimento da economia americana. No entanto, Trump propõe cortes de impostos para aquecer a economia, o que pode gerar preocupações com a inflação e com a saúde fiscal dos Estados Unidos. Reduzir impostos pode levar a uma menor arrecadação e aumentar o risco fiscal. Além disso, Trump adota uma postura mais agressiva no comércio, especialmente com a China e a Europa. Essa abordagem pode resultar em uma guerra comercial que afeta negativamente tanto os Estados Unidos quanto os países que dependem dessas economias, como o Brasil. Kamala Harris, por outro lado, adota uma postura mais moderada em relação ao comércio, embora também se oponha à China, alinhando-se com o sentimento de 70% da população americana que não é favorável ao país. Assim, apesar de ambos os candidatos defenderem uma postura firme contra a China, Trump representa uma preocupação maior para os mercados emergentes, como o Brasil. Durante o último debate entre Trump e Biden, Trump teve um desempenho mais destacado, o que resultou em um impulso positivo para os mercados. Será interessante observar como o debate de hoje influenciará a percepção do mercado.”, Jefferson Laatus, chefe-estrategista do grupo Laatus

“A desistência de Joe Biden da corrida presidencial e a indicação de Kamala Harris como candidata dos Democratas trouxeram uma reconfiguração significativa ao cenário eleitoral. Harris, já tem experiência como vice-presidente, mas sempre permaneceu nos bastidores durante o mandato de BIDEN, e agora enfrenta o desafio de consolidar apoio entre os eleitores nesse primeiro debate. A vitória de um Democrata, como Kamala Harris, poderia trazer uma abordagem mais cooperativa e multilateral nas relações internacionais, possivelmente fortalecendo as parcerias comerciais e ambientais com o Brasil. Vale lembrar que o atual governo Brasileiro, e tanto Biden quanto Harris possuem algumas vertentes ideológicas similares; mas Donald Trump continua sendo um forte candidato. Uma vitória de Kamala Harris provavelmente promoverá políticas que incentivem a sustentabilidade e o fortalecimento de laços multilaterais, o que pode beneficiar economicamente o Brasil, uma liderança estável de Harris e políticas econômicas favoráveis podem fortalecer a moeda americana a longo prazo, especialmente se ela conseguir implementar medidas que promovam a confiança dos investidores e o crescimento econômico dos EUA.”, Sidney Lima, Analista CNPI da Ouro Preto Investimentos

“A indicação de Kamala Harris como candidata democrata têm gerado muitas especulações e o debate de hoje pode dar novos contornos para a disputa presidencial americana. Biden e Obama declararam seu apoio total a Kamala. No caso de uma vitória democrata, espera-se que as relações diplomáticas entre Brasil e EUA se mantenham como estão sob o governo Biden. Kamala Harris, sendo mais liberal, defende a legalização do aborto e a proteção ambiental, agenda que se alinha com as políticas ambientais do governo brasileiro. No entanto, a relação entre os países deve continuar sendo amigável, mas não uma aliança, dado que o Brasil é um dos principais destinos dos investimentos chineses em infraestrutura, parte da iniciativa da Nova Rota da Seda de Pequim, vista como um risco à influência americana no continente. Apesar de Donald Trump ser o favorito, Kamala pode ganhar apoio significativo entre mulheres, negros e mestiços. Contudo, ela pode enfrentar resistência de uma sociedade americana mais conservadora, especialmente em estados de maioria cristã. Em termos econômicos, o dólar tende a ser influenciado principalmente pelos juros nos EUA. Uma eleição de Kamala poderia amenizar a força da moeda, enquanto um governo Trump, com histórico de protecionismo contra a imigração, poderia levar a um mercado de trabalho mais aquecido, inflação mais alta, juros maiores e um dólar mais forte.”, Volnei Eyng, CEO da gestora Multiplike

” O cenário político norte-americano entrou em uma fase de intensa competição e análise estratégica, particularmente sobre o impacto nas relações internacionais e economia global. No contexto brasileiro, a vitória de um candidato democrata como Kamala poderia potencialmente reforçar as políticas de colaboração e alinhamento em questões ambientais e de direitos humanos, áreas em que os democratas tradicionalmente enfatizam. Enquanto Donald Trump continua sendo um forte concorrente, com uma base sólida de apoio, a entrada de Kamala na corrida, particularmente com o apoio expressivo de doações e endossos significativos como o de Nancy Pelosi, traz uma nova dinâmica à eleição. A vitória de Kamala Harris poderia ser vista de forma positiva pelos mercados emergentes, incluindo o Brasil, devido à sua postura sobre comércio internacional e cooperação multilateral, que pode favorecer a estabilidade econômica global. No entanto, é incerto como sua administração trataria especificamente as relações bilaterais com o Brasil. O dólar americano poderia experimentar uma estabilização ou até uma valorização moderada se Kamala Harris ganhar, considerando a possível continuidade de políticas econômicas tradicionais democratas, que tendem a promover a confiança no ambiente político e econômico dos EUA.”, André Colares, CEO da Smart House Investments

“A competição pela presidência dos Estados Unidos pode ter repercussões significativas no mercado imobiliário brasileiro, especialmente em relação ao dólar.  Com uma possível eleição de Kamala, espera-se uma política econômica menos protecionista comparada à administração Trump, o que pode resultar em uma menor valorização do dólar. Um dólar menos valorizado poderia influenciar positivamente o mercado imobiliário brasileiro de várias maneiras. Primeiro, uma moeda americana mais fraca tornaria os imóveis brasileiros mais acessíveis para investidores estrangeiros, potencialmente aumentando a demanda. Além disso, com um dólar mais barato, os custos de importação de materiais de construção poderiam diminuir, reduzindo os custos de desenvolvimento de novos projetos imobiliários. Por outro lado, se o mercado internacional reagir com grande cautela à incerteza política, pode haver uma retração temporária nos investimentos estrangeiros. Essa retração poderia afetar negativamente o mercado imobiliário brasileiro, que depende, em parte, de capital externo para projetos de grande escala. Portanto, a candidatura de Kamala Harris e a subsequente reação do mercado financeiro global terão um papel crucial em definir o impacto no mercado imobiliário brasileiro. A evolução deste cenário político deve ser acompanhada de perto por investidores e profissionais do setor imobiliário para ajustar suas estratégias conforme necessário.”, Alex Andrade, CEO da Swiss Capital

“A  expectativa é grande para esse primeiro debate entre Donald Trump e Kamala Harris. A vitória de uma democrata, como Harris, poderia fortalecer a agenda ambiental e de direitos humanos, áreas nas quais o governo de Lula tem grande interesse. Além disso, a continuidade de políticas de cooperação bilateral em setores importantes, como o comércio e a tecnologia, poderia ser mantida ou até mesmo ampliada. No entanto, é importante destacar que, apesar das boas relações, o impacto direto na economia brasileira dependerá de como Harris lidará com questões como tarifas e barreiras comerciais, que podem afetar setores chave da economia brasileira, como o aço e a agricultura. Apesar da saída de Biden, Trump ainda é visto como o favorito no mercado, o que traz um cenário de incertezas. Uma vitória de Kamala Harris poderia levar a uma política externa americana mais cooperativa e menos protecionista, o que beneficiaria o Brasil em termos de comércio bilateral e investimentos. No entanto, a moeda americana tende a se desvalorizar em um cenário de maior abertura e cooperação internacional, enquanto a vitória de Trump poderia fortalecer o dólar devido a políticas econômicas mais agressivas e protecionistas. Portanto, o impacto no Brasil será significativo, dependendo de quem assumir a presidência dos Estados Unidos, influenciando tanto o comércio quanto os investimentos e a estabilidade econômica geral.”, Fábio Murad, sócio da Ipê Avaliações.

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