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Os monarquistas e o cenário brasileiro atual

Entrevista com Margareth Specialski, fundadora e conselheira do Instituto Imperial Catarinense

Em 2006 um grupo de catarinenses monarquistas reuniu-se para fundar uma associação que divulgasse o Império do Brasil, através de palestras, exposições, encontros, etc.

Margareth Specialski é uma das fundadoras entusiasmada pelo período em que o Brasil foi uma monarquia. Margareth concedeu essa entrevista ao Jornalista Mauro Demarchi, também ele um dos fundadores e conselheiro do Instituto Imperial Catarinense.

Mauro Demarchi: Margareth, para começar, como você definiria um monarquista no contexto brasileiro?

Margareth Specialski: O monarquista é aquela pessoa que almeja um arranjo político melhor, mais estável, menos corrupto e mais adequado ao nosso povo brasileiro. Ele olha para o futuro, e não é, necessariamente, um estudioso da História do Brasil. No entanto, fica claro – como já mencionei em outras ocasiões – que o primeiro passo dessa jornada é a recuperação da nossa identidade e do respeito do Brasil por si mesmo.

Mauro Demarchi: Quando falamos em Monarquia Parlamentarista, muitas vezes há críticas ligadas ao passado. Como você lida com isso?

Margareth Specialski: Quando falamos em um projeto de Monarquia Parlamentarista para o Brasil, frequentemente somos responsabilizados por tudo de ruim que aconteceu há 200, 300, até 500 anos. E pior, essa visão já chega de forma muito distorcida. Acabamos nos tornando advogados de Portugal, defensores da reputação de D. Pedro I, fãs de D. Pedro II e até advogados da Princesa Isabel. Isso nos impede, muitas vezes, de começar a discutir o que realmente nos inspira: o debate sobre uma Forma de Governo Monárquica, Constitucional e Parlamentarista para o Brasil de nossos netos.

Mauro Demarchi: Esse debate parece ser desafiador. Quais são as maiores dificuldades nesse processo?

Margareth Specialski: É difícil, e muitas vezes cansativo, mas esse é o caminho. Precisamos estudar a História do Brasil, entender os erros e acertos daqueles que vieram antes de nós, e limpar nossa História dessas narrativas rancorosas, acusadoras e debochadas. O objetivo é entregar ao povo brasileiro uma visão mais honesta e menos ideológica de si mesmo, a ponto de cada brasileiro conseguir perdoar e amar o seu país, assim como todos os outros povos fazem.

Mauro Demarchi: E você acredita que, a partir desse processo, a ideia monárquica pode ganhar força na sociedade?

Margareth Specialski: Sim, acredito que, a partir desse esforço, a ideia monárquica vai emergir espontaneamente na sociedade brasileira. Afinal, o que importa não são os fins, e sim os meios. O pouco que fizermos com certeza ajudará a melhorar a nossa Pátria.

Na fotografia em destaque: Comitiva do Instituto Imperial Catarinense recebida pela Presidente da Fundação Catarinense de Cultura, sra. Maria Teresinha Debatin, em 03/10/2024. Na ocasião, apresentamos nosso Instituto, e entregamos à sra. presidente um release dos trabalhos que realizamos, como palestras e exposições.


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