Leonir Paulo da Silva, mais conhecido como “Lolo”, era uma daquelas pessoas que faziam parte do cotidiano e do coração de Alfredo Wagner. Um homem de vida humilde, sem muitos recursos, mas que parecia não precisar de muito para ser feliz. Alto, com seus cabelos brancos sempre visíveis, ele circulava pela cidade em sua bicicleta, acompanhado por dois fieis cachorros, que o seguiam para onde quer que fosse, como companheiros leais e inseparáveis.
O seu falecimento, ocorrido de maneira trágica e repentina, abalou a comunidade. No dia de ontem, ao pedalar pela Avenida Beira Rio, Lolo teve sua trajetória interrompida ao cruzar o caminho de um motociclista que, sem tempo para evitar a colisão, não conseguiu desviar. Uma fatalidade que não só tirou a vida de Lolo, mas deixou uma sensação de vazio entre os que, de alguma forma, compartilhavam a vida com ele – seja com uma breve conversa, uma saudação ao vê-lo passar, ou apenas com o reconhecimento silencioso de um rosto que era símbolo da cidade.
Lolo viveu uma vida marcada pela simplicidade. Sua presença discreta era envolta de uma simpatia que conquistava todos ao seu redor. Poucos sabiam o seu nome verdadeiro, mas isso nunca importou. Ele era, para todos, apenas “Lolo”, um nome que ressoava amizade e familiaridade. Lolo parecia personificar o espírito da simplicidade: a humildade, a amizade sem interesse, e a gratidão pelos pequenos gestos.
A imagem de Lolo, pedalando com seus dois fiéis cães ao lado, ficará na memória dos que o conheciam. Após ser socorrido e levado ao para os procedimentos legais, os cachorros ficaram cuidando da bicicleta e não permitiam que ninguém se aproximasse.
A falta de recursos nunca impediu que Lolo fosse uma pessoa alegre. Pelo contrário, sua vida simples era a inspiração da simplicidade. Ele era um homem de poucas posses, mas de grande coração, que deixou sua marca entre os que conviviam com ele.
Na despedida de Lolo, a cidade não perde apenas um cidadão, mas um símbolo da simplicidade e da amizade genuína. Ele deixa um legado que não pode ser medido em bens materiais, mas em histórias, sorrisos e um afeto que transcende o tempo.
Que descanse em paz, Leonir Paulo da Silva – ou, simplesmente, Lolo.
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