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“A mulher não é um ser humano de segunda categoria!” – Afirmou o Papa Francisco nesta manhã

“Nós estamos acostumados a essa cultura machista, a ver a mulher, não digo como o cachorrinho ou o gato de casa, mas como um ser humano de segunda categoria”, afirmou o Pontífice a voluntários de “Manos Unidas” em audiência hoje pela manhã, no Vaticano.

Francisco enalteceu a figura da mulher, que tanto ajudou na criação da ONG da Igreja Católica há 65 anos, uma associação espanhola que trabalha no combate à fome, ao subdesenvolvimento e à falta de instrução nos países da América, África e Ásia.

O Pontífice recordou que “Manos Unidas” nasceu há 65 anos por uma pequena rede de mulheres formada que hoje cresceu e se converteu em ONG devido à “sensibilidade e força próprias do gênio feminino”, comentou o Papa, fazendo ligação “à figura da Mãe de Deus, que celebramos na sua Imaculada Conceição. Pois a Virgem Maria é a Mulher por excelência”.

“Nós estamos acostumados a essa cultura machista, a ver a mulher, não digo como o cachorrinho ou o gato de casa, mas como um ser humano de segunda categoria. E não vamos nos esquecer que são as mulheres a levar o mundo adiante e – como alguns dizem – são elas que comandam. Mas tudo bem. Mas é a mulher que leva adiante a família, que leva adiante os povos, que se aproxima das necessidades, aquela sensibilidade tão rica da mulher.”

Maria, continuou Francisco, que é “atenta às necessidades dos seus filhos”, serve de “modelo plenamente realizado” para a humanidade. Assim como têm feito as mães, filhas, esposas e sogras da associação pública de fiéis da Igreja Católica “Manos Unidas” que seguem a missão de “combater a fome, o subdesenvolvimento e a falta de instrução”. E o Papa dividiu uma anedota:

Ursula Von der Layen, a secretária do Conselho da Europa, é médica e mãe de 7 filhos. Um dia eu lhe disse – após ter resolvido um problema muito difícil com a Bélgica, a Holanda e muito dinheiro, e ela o resolveu bem – e eu lhe disse: ‘senhora – estávamos sentados ali – como fez para resolvê-lo?’ E ela começou a fazer assim com as mãos (no sentido de equilibrar tudo). ‘Como fazemos nós, mães’. A mulher tem talento, o gênio feminino.


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