Análise Política Notícias Opinião

Esquerda e Direita rezam para que Lula se recupere logo!

No Brasil, política e espiritualidade se cruzam em um momento crítico. Hoje, tanto a esquerda quanto a direita estão voltadas para a oração e a articulação, cientes de que não apenas a saúde de Lula está em jogo, mas também os rumos do país.

Em 2022, já alertávamos: Lula não permaneceria por muito tempo no comando. Os longos anos de batalha política, as tensões da campanha e o peso da liderança presidencial cobrariam seu preço. Agora, em 2024, este prognóstico ganha vida diante de nossos olhos.

Mas há um erro fundamental em ambos os lados dessa disputa: a dependência de um único líder como símbolo de toda uma ideologia. Este erro, embora estratégico para consolidar o poder em curto prazo, torna-se perigoso. A morte ou a incapacidade de um líder não apenas abre um vazio de poder, mas também revela a fragilidade de uma estrutura construída sobre uma única figura.

Os engenheiros sociais — aqueles que manipulam as narrativas públicas — compreendem isso profundamente. É por isso que já começam a buscar soluções para o cenário que se desenha. Escolher um novo personagem que seja diferente, mas igualmente controlável, não será tarefa simples.

Na esquerda, nomes como Stédile possuem histórias fortes e consolidadas, mas sua independência e temperamento o tornam uma aposta arriscada. Na direita, a oração pela saúde de Lula não é movida por compaixão, mas pelo medo do caos que sua ausência pode gerar — um caos que não favorece nenhuma das partes.

A verdade, porém, é que ambos os lados precisam um do outro. A polarização política é o jogo que mantém as massas sob controle, sempre divididas entre 51% e 49%. Essa dança de poder é lucrativa para os grandes interesses que operam nos bastidores, onde não há espaço para técnicos ou administradores comprometidos apenas com o bem público.

Se Lula se recuperar, o teatro político continuará. Se não, os engenheiros sociais terão que agir rapidamente para preencher o vazio. Mas uma coisa é certa: o Brasil se encontra em um momento de transição. E nessa transição, cada cidadão tem um papel crucial.

Este é o momento de despertar. De enxergar além das cortinas do espetáculo político e de se preparar para o que está por vir. O Brasil não é apenas um palco; é o lar de milhões que clamam por justiça, prosperidade e liberdade.

Eis o chamado: o futuro não será decidido apenas por aqueles que estão no topo, mas por todos os que se recusarem a ser peças no jogo de outros.