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A fábula do Leão, da Raposa e do Cordeiro que se encontraram na Casa Branca da floresta!

Era uma vez, numa grande floresta, um Leão que havia governado por um tempo e depois sido afastado. Mas, por caminhos tortuosos, ele retornou ao trono. Esse Leão, que adorava rugir alto para parecer forte, costumava dizer que não se envolvia nas brigas dos outros animais. No entanto, sempre tinha um acordo velado com o Urso, a fera mais temida da floresta.

Certo dia, o Urso, faminto por terras e poder, invadiu o prado de um jovem Cordeiro. Este, fraco mas corajoso, resistiu bravamente com a ajuda dos outros animais. Mas o Leão, que a tudo observava, esperava a hora de usar sua astúcia para se beneficiar da luta.

Quando o Cordeiro foi chamado ao palácio do Leão, esperava encontrar apoio, pois este sempre se gabava de defender os fracos. Mas para sua surpresa, o Leão rugiu com fúria:

“Que insensatez é essa, Cordeiro? Por que resistes ao Urso? Ele é grande, forte e tem fome! Não vê que sua luta é fútil? A culpa dessa guerra é tua, que não soubeste ceder!”

O Cordeiro, atônito, balbuciou: “Mas, majestade, foi ele quem invadiu meu lar! Não é justo que eu entregue tudo e me recolha ao esquecimento!”

A Raposa, sempre esperta e dissimulada, que servia ao Leão, sorriu e disse: “Justo? Ora, a justiça é uma questão de perspectiva. O Leão quer apenas paz na floresta. E se para isso precisarmos de um cordeiro a menos, que assim seja!”

E assim, com o peso da garra do Leão sobre suas costas, o Cordeiro foi obrigado a ceder seu prado ao Urso e retirar-se para um canto esquecido da mata. O Urso sorriu satisfeito, pois obteve tudo o que queria sem ter que lutar até o fim. O Leão rugiu alto, vangloriando-se de ter trazido “paz” à floresta. E a Raposa, bem alimentada, continuou a cochichar ao ouvido do rei.

Os outros animais da floresta assistiram a tudo, horrorizados. Alguns tentaram protestar, mas foram silenciados pelo medo ou pela promessa de favores. Contudo, sabiam que se o Urso não fosse detido hoje, amanhã ele sentiria fome novamente.

E assim, a “paz” imposta pelo Leão não passava de uma trapaça, e os ecos de sua moral distorcida se espalhavam pela mata, avisando aos mais fracos que, na selva dos poderosos, a justiça não é mais do que uma farsa contada pelos que seguram o chicote.

Moral da história: Quando os reis se curvam aos tiranos, são os inocentes que pagam o preço.