O governo de Santa Catarina adquiriu um lote de 200 respiradores ao custo de R$ 33 milhões a entrega foi adiada por até dois meses devido a mudanças no produto. O site The Intercept Brasil denunciou a operação e trouxe o caso à tona. O pagamento foi antecipado e foi feito por dispensa de licitação por causa da urgência causada pela pandemia do novo coronavírus.
O contrato definiu que os equipamentos deveriam ter sido entregues a 48 unidades de saúde de SC no início de abril, entretanto os aparelhos não foram entregues.
Os valores divulgados no contrato, cada respirador foi negociado por R$ 165 mil. O valor é 65% mais caro do que o valor que União e Estados pagaram por respiradores em compras no início de abril.
O governo de SC disse estranhar o pagamento adiantado e abriu duas sindicâncias na Secretaria de Saúde, uma auditoria na Controladoria-Geral e um inquérito pela Polícia Civil para apurar o caso. Uma servidora foi afastada. Esta funcionária esclarece muitos pontos importantes desta situação crítica que envolve o próprio Governador do Estado.
O Ministério Público abriu procedimento investigativo para apurar a compra. O GAECO (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado do Ministério Público de Santa Catarina) ouviu na sexta-feira, um empresário de Joinville prestou depoimento.
A própria Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc) abriu uma CPI para investigar o caso.