O mundo revolucionário em que vivemos, baniu da Terra o sentido do Sagrado, do Divino. Os revolucionários permitem no máximo algumas pálidas referências para manter controlada a fome de Deus que os seres humanos sentem.
É precisamente neste momento, que a Igreja Católica restaura a figura do Diácono Permanente e o coloca junto aos fieis como “sal da terra e luz do mundo”.
A doutrina católica estabelece que o grau de diaconato é um grau de serviço, como o episcopado (bispos) e o presbiterato (padres), estabelecido desde a época dos apóstolos, como testemunham os Atos dos Apóstolos e a Carta de São Paulo a Timóteo.
Diakonia é a palavra grega que define a função dos diáconos. Esta palavra significa serviço, e é de tanta importância para a Igreja, que se confere por um ato sacramental chamado “ordenação”, ou seja, pelo sacramento da Ordem.
O quê tem de importante nisso?
“Os diáconos participam de modo especial na missão e na graça de Cristo. O sacramento da Ordem marca-os com um selo (‘caráter’) que ninguém pode fazer desaparecer e que os configura com Cristo, que se fez ‘diácono‘, isto é, o servo de todos. Entre outros serviços, pertence aos diáconos assistir o bispo e os sacerdotes na celebração dos divinos mistérios, sobretudo da Eucaristia, distribuí-la, assistir ao Matrimônio e abençoá-lo, proclamar o Evangelho e pregar, presidir aos funerais e consagrar-se aos diversos serviços da caridade, e também o Ministro do Batismo.” (Catecismo da Igreja Católica, 1570)
Enquanto Bispos e Padres (cujo primeiro grau de ordenação foi o diaconato) entregam suas vidas integralmente ao serviço da Igreja, os diáconos permanentes tem suas famílias, seus empregos, sua vida junto a comunidade.
Ordenado e consagrado, o Diácono vive entre os fiéis onde exerce qualquer profissão ou empreendimento para o próprio sustento ou de sua família. Ele pode ser um professor que ensina. Pode ser um vendedor que vende e distribui produtos em lojas e supermercados. Pode ser um advogado que nos tribunais defende seus clientes. Pode ser um farmacêutico, um juiz, um motorista, um cozinheiro, etc.
Não importa a profissão, uma vez ordenado como Diácono, ele será sagrado para representar, com suas atitudes e ações, o sagrado e o divino.
O Concílio Vaticano II, na Igreja latina, restaurou o diaconato como um grau particular dentro da hierarquia, enquanto as Igrejas do Oriente sempre o mantiveram assim.
Dessa forma, os homens casados que se dedicam a ajudar a Igreja por meio da vida litúrgica, pastoral ou nas obras sociais e caritativas podem se fortalecer recebendo a ordem do diaconato, unindo-se mais intimamente ao altar, para cumprir seu ministério com maior eficácia, por meio da graça sacramental do diaconato.
A Diocese de Rio do Sul reúne os diáconos permanentes na Codipe, Comissão Diaconato Permanente, presidida pelo diácono Valdir Alves.